terça-feira, 19 de janeiro de 2010

...

os imprevisiveis adentraram
os portais da imaginaçao condenada
deixando com que a palavra se movimentasse na forca

afim de acabar com os trejeitos

na traquinagem efemera do totem
a cabeça ritmou distância
vaticinio da menina de blusa vermelha

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

mukadim

quando os pirilampos e os avestruzes se transfiguram
tudo termina

pancadaria-sonambula

sei que detesto

tripas
trapos
truques e trovas

caralho
machuquei meu dedo

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

di pasolini ao pasmo

todos os meus escritos ensinam o homem a bailar

infantilizar a humanidade foi sempre meu projeto de vida

ancorado no porto sei que uma hora vou partir

perda-plural

inconformismo cosmico

retocando o grito
no momento cintilante que meus olhos sofrem

...

fico indigesto de palavras
e o prazer me engole no meio da reza

restituindo ao sonho a babaquice do corpo
vou ficar bebado
de silencio
no equador da mente

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

a porka ilusao regia a dor

inutil pela cidade chuvosa e fantasma
onde tudo me deprime
desejo escrever em teus seios uma epopeia de sangue
encontrar sonetos ilegiveis em tua cabeleira de africa
para alem dos porres e das lagrimas
pretendo instituir o dia nacional do xixi
o morticinio das maneiras caqueticas
no gozo das cores sem jeito na fotografia

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ode-amor-profano

a vida na valvula de descarga

encarna

os orixas

a fada

que afaga

o lixo desta epopeia de lesma

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

a garatuja imperial

minha boca sonda os penduricalhos do corpo

ferradura atras da porta

sonho

prostituindo o verbo

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

tudo em mim ser maquina
nas entranhas do sol
cerveja quente e vagabunda
sei que meus versos choram
noite
memoria oca

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

explosiva escritura
a lua
atoa atordoa
o delirio e dilata minha alma
quase sempre cansada que voa

vai de vibora esquecer os olhos de tartaruga
com confetes no cranio
casa molhada
alimenta os pombos da vaidade

sedentario-deus
trator-caotico e intruso
raivas e rimas no sonho

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

coloquei meus olhos
na perna da ninfeta calva
chorando chuva
viajei pra beirute bebado e biruta
abestalhado nado entre as confusoes da terra
carcamanu das tempestades suicidas
escrever a embriaguez
dos pampas
dos papas
o demorar das purpurinas que pouco sentem
dentro das telas e das tetas
o leite
anemona do possesso
invento desastre na boca do lirismo
pedregulho de cores antologicas
nevoa de iguanas na cuca
avacalha o costume das flores
arestas degeneram as rugas
emocionando o enfeite de outra pele
comemora a falsidade da falange
depois vomita escorpioes pela garganta

quase sozinho meio aos robores do egoismo
nada enxergo
desabafo - detonar as veias na virada
derrubando os copos/ como se fosse um barbaro
atravesso sem liturgia a multidao dos dedos
sei que nao deveria dizer
mas a novidade fantasmagorica do mundo sangra