sábado, 29 de agosto de 2015

guardanapo de alma

* o amor se fez sempre
o rosto do meu depois
* bartolomeu campos de queiros
escuta essa
pelo peito que dispara
ao enxergar um colorido
vira-lata na esquina
agora pouco
acabei de chegar da rua
de la calle tenebrosa
nesta quarta-feira sisuda suicida
sei que existe uma mujer que me ama
la em alto paraiso
fazendo yoga pra tentar ficar numa boa enquanto aqui neste boteco
continua rolando um funk pau de bosta
o que me consola fica sendo espanto
por que aprendi
a viajar na seiva de todo abandono
e atiro pra todo lado no soldado
e na sutileza travesti daquele sonho
uma merda este espelho
este estandarte de penumbra
onde neguinho jura claridade legitimando seu legado
de proeza duvidosa
oitenta e duas cervejas bebi
com aquele povo
doente que nao dizia nada
nenhuma xota foi capaz de aliviar o tedio
daquele bando de babaca
pinto ou cona tem serventia
pergunto
se fosse dono da cia das letras
todo judeu ia se foder no meu esquema
passar mal
perderia dinheiro
mas nunca o poema
chega de fantoche
ventriloquo
boneco de corda
na mao dos tais editorzinhos ditadores
a nobreza de todo arabe
sempre foi outra
tem pouco raduan nassar
neste galinheiro
a lavoura arcaica primitiva
desta contemporaneidade
anda cheia de fruto podre
sou de praia nenhuma nao
ja vendi a janta pra comprar a sobremesa
fui pra orgia com juca
que tinha ciume de maria
que chupava minha lingua com vontade e ele ficou puto
coitado
era sensivel demais pra aguentar
os gafanhotos de meu verso iconoclasta
guardanapo de alma
a trepada
foi dentro de um fusca parado
naquela madrugada
a saia era jeans
a calcinha rasguei na dentada
enquanto isso
eu so pensava em me mudar pra aracaju
de nome sujo
pegar estrada
ouvir o sonambulo barro
desaparecer desta belo horizonte
la pelas vinte horas
comi uma coxinha
bebi um suco de caju artificial
naquela padaria
e fiquei sorrindo pra atendente
que era uma gostosa
perguntei se ela tinha habito de leitura
me disse que amava novela kkk
naquele motel
depois do expediente
gozei minhas sequelas
na orelha daquela puta
e as contas continuam atrassadas
vao cortar minha agua
minha luz
sera que meus amigos de cabaret
irao me mandar dinheiro
ou rezar pra jesus
credo em cruz
nesta vida anseio outra paz
pois ganhar a comidinha
sempre foi uma guerra
neste instante
interessa-me narrar
a subjetividade de toda penuria
este feito
a luxuriosa loucura que se apresenta
assim mesmo
corto o tomate
boto sal na carne e vandalizo a quimera
amor
sempre foi gaiola com passarinho triste
olha eu ali de novo no meio da molecada mostrando minha rima para um poste
Josefa beija todo sangue periférico
mas sempre foi uma burguesinha
mimada
que adora uma rede
pica grande
naquela buceta leitora de lispector
eita
vou andar de bucre com juliana
e com ana saltar de para-quedas
assim desse jeito
lembrei-me
de meu amigo wally salomão
naquela nossa reunião
antes do discurso
que fiz pra toda morte
sorte de quem vai embora
e deixa a voz grudada
impregnada na cuca do povo
pescarei ilusões esta noite
meu querido bardo gigio
dormirei com alguns mendigos
jogadores de xadrez
debaixo da poente
escreverei algumas cartas
e poemas inaudíveis
para o bolso de meu paleto vermelho
muitos por ali ja berram
bisgodofu ficou doido
doente de jogar pedra
porem nada explico
cagalhão não falta neste circo
esta dor não pode ser gratuita
uma bastarda filha da puta
desassossego que me possui
povoa todo ritmo
que outrora flui ...
compadre me traz outra malvada
bota uma dose de conhaque
pra aquele menino na outra mesa
entrega este livrinho meu pra ele
e fala que odeio escritor
por que ja bebi desta água
gracinha
tu prefere o forro do samba
ou o bamba deste pagode
da minha parte
fico com a solidão de meu quarto
a atriz porno que me adora
ate tenho o roteiro da pornochanchada
o pintor pirata e a chinezinha vermelha
procura em meu blog que acha
quem sabe agora promovo um ensaio ama-dor em belém do para
e alguns testes
afim de degustar
as candidatas nordestinas
que coisa não
tu convida safonildo pra trabalhar contigo neste longa
paga pra ele um porre que o bicho aceita
no mais vou beijar a boca de satanás
e dormir no terreiro com a lua
hoje eu viro lobisomem
homem
atoto
cospe no santo
que ele vira flor!!!

no silêncio de cada página

traz alegria
saber que o outro entendeu a mordida
mesmo nunca enxergando minha boca
tampouco a matematica de meu bigode
naquela cidade
outra vez
provocando
lirismo em cada tartaruga
nao convidei ninguem pra suruba
por que advem do vazio
todo meu enfado
ali instalado
no meio dum bando
de adolescente barbado
chupando os seios da guria
a voz rouca de um violao repetitivo
o menino chato
propagando
sua intensidade imaginaria
toda esta anarquia pseudo-caotica
pela duvidosa energia
sinestesia
de cada alma que me sufoca
onde so a gratidao do ritmo me acalenta
o poema tenta
parir meus quadros
toda vertente de uma rua colorida embriagada
no silencio de cada pagina
sentindo a invisibilidade deste amor
que se faz presente
bem na minha frente
a identidade luxuriosa do sol
o que vem de dentro
carcomendo o peito
sem nenhuma expectativa
so me interessa a vida
a mediocridade do tiro
o rascunho desgovernado da prosa
vencerei ou serei abatido pelo meu vicio
por esta compulsao espalhafatosa
nos jardins das delicias
que se transformaram em cactos
inquerito da barata tonta
procurando esconder seu narcisismo
no esgoto altruista
como se fosse plastico
a paz sempre foi um pus
que nas maos da moral
fode toda guerra
pois a catarse das ilusoes
inventariou
pronomes
adverbios
dialetos desvairados
e fica anunciando
vertiginosa verdade
na porta da senzala
ou daquela favela
ela
mecanicamente
fita-me nos olhos
e fala que toda hipocrisia virtual
continua sendo oriunda
duma existenciazinha sem sal
anemia no sangue
a cegueira da cuca
tatuada na pele
ja nao reconhece a melodia
o compasso deste meu samba
zomba daquela artificial angustia
e caminha vivo
entre os vagalumes do ermo
sem culpa e nenhuma bandeira
grandiosa sexta-cheira

sofrência

embriagado por um par de seios
neste copo sujo
travestindo a rotina do horizonte
viajo com um amigo pragmático
pra este canteiro de obras
chamado rio de janeiro
ali pela Riachuelo
naquela madrugada santa sem deus
a gente sorria
pela ignorância chula da carne oca degustando todo exílio
enfim
passemos a limpo
feito bife mal passado
toda historia
torra ai parceiro
na lavradio
caminhando pela feira
naquela tarde desmiolada
no buraco da lagarta
pela nostalgia do depois
namorei
teus olhos de biblioteca nacional
que mais se pareciam
com uma penitenciaria
vendendo poesia na lapa
onde a arquitetura
do teatro municipal me diminui
repouso meus lábios
no cu daquela existência
labiríntica de outras cores
divina-comedia
eis toda tragedia
motorista que resmunga
pela sexualidade retro da ninfa
com cigarro de palha
pinga com mel
e um batalhao de parasitas
se escondendo dentro do soneto
de minha dor provinciana
li teu conto
e me preparei
pro assalto ao meio-dia
falica filosofia
matei um boi
mas nunca fui filho de fazendeiro
leiteria mineira
sem nenhum roteiro
posso
rabiscar a tatuagem do sonho
sem falsa alegoria
por aquilo que jamais enxerga
a vida como matéria
mataria o ritmo de toda prosa
se rotulasse meu surto
sofrência
este circo voador
nem ao menos possui picadeiro
e nunca saiu do lugar
não posso ver o mar
do mesmo jeito
com essa cara de purpurina
então repito
la na quinze
este meu fluxo
sem meio-termo
neguinho afirma uma coisa
mas acaba sendo outra
muito diferente
por que já não tenho paciência
pra blá-blá-blá
de parnasiano e indigente
que adora gênero
trago boas vindas
aos prazeres do corpo
porem
não me iludo
com a luxuria gratuita de tua natureza
ou sera que fiquei cego
diante tanta beleza
adormeci em agrura
personagem
na geografia silenciosa do grito
que profano ...

puta que pariu chama o mister catra pra governar o brasil

e tem pixuleco que nao acaba mais
enquanto o cara entrou na padaria armado com uma pt
a casa caiu
mais uma vez
pra tal esquerdinha bolivariana
e nego fica botando cortina
pra tapar a quizumba
mas o bandido frouxo
ate esqueceu
que o cartao do bolsa-familia
ia vencendo
ali assistindo o batman
estuprando a mulher-gato
eis todo o esquema
entendeu malandragem
a moral de qualquer governante oscila
feito conta de agua e luz
pra ludibriar o polvo
que perdeu os tentaculos em toda crise
nesta patuleia de murmurios
como mudar
o musgo da parede
pra outro canto
caixa dois
ha mais de tres
trezentos
ainda continua sendo pouco
pra tanta quadrilha
o processo politico
veio saciar a sede do vampiro de barba militante la do abc
hoje de outro alfabeto
sendo o mesmo analfabeto
aquele que veio privatizar a lambada
pela ditadura das horas
priorizando o selfie
daquela dor corrupta neste blefe
o preto bras anda de conchavo
com aquele cara
que fundou este partido filha da puta
distribuindo a migalha social
pra amenizar a penuria
o ex-ministro na cadeia
a midia dando um golpe de caneta
tramando a teia
porem te digo
nao existe anjinho
no meio de tanto capeta
a pirotecnia da voz
veio fazer do fantoche
frente a caixa de pandora
juiz de seu proprio destino
declinio administrativo
seja qual for a proxima proposta
o mesmo pipino
nao tem como separar o joio do trigo
o umbigo do cu pelo nariz da meleca
ou a bunda de melancia
o tiro acaba saindo pela culatra
puta que pariu
chama o mister catra
pra governar o nosso brasil
so tem lavagem de dinheiro
nas obras do rio
em belem do para
allah
vai deixar o solo quente
pra todo colono
abandonar seu kibutz
marcel proust
furando o olho do rato
a prazo
nunca encontrou seu tempo perdido
o barao de itarare estava certo
mais vale dois marimbondo voando
do que um preso na mao
e saibam que diante tanta ilusao
dificil
fica sendo anestesiar o espirito
ja que o corpo
a grande maioria
ate se embriaga
com comercial de cerveja
a realeza
anda com cara de bijoteria barata
entao falo na lata
a grana ficou curta
ate pra comprar banana
bacana
tu nao me engana
todavia
me caso com esta cigana
e zarpo pro mato
e me aparto desta urbe
por que a hipnose sempre foi a mesma em qualquer vilarejo
o percevejo de maiakovski
adora um meia-nove
eu que sempre achei
poeta metido a revolucionario
com cara de otario
tudo besta
pagando de neruda obeso sem revolver
vou ver
mas nao vejo
paraiso algum
diante tanto inferno
e pra nao estender ainda mais o texto
irei tomar outro gole de pinga
com aquela adolescente
atras do puteiro
desse jeito
minha lingua nao da tregua
tanta egua que montei
querendo que eu fosse charrete
o que dizer deste quadro
do sonho sanguinolento
daquele soldado
fardado
com a grana de cada cigarro
que compro
no lombo do morro sofrido
desta cidade
sempre achei um pe no saco
quem escreve por vaidade
por que isto nunca foi um poema
porra
isto continua sendo um grito silencioso
 que ecoa na armadura do peito
pensamento-arapuca
araucarias que viraram luminarias
na mao daquele artesao
com vida de cao
na barra da tijuca
minha atitude
vai ser nocautear
qualquer partido
entendo
ate o moleque
no corre do comprimido
que atordoa a paz desta partitura
alimentando a agrura
de toda lama
em minha alma

ordem para o povo e progresso para burguesia

nao foi ferreira gaga
tampouco ze dirceu
no comercial deste breu
que comeram cana
de verdade
vaidade
na ditadura
tanta diabrura
se bem que a tal
parece ser a mesma
faltou proeza
pra essa cachorrada
cilada
todos os livros de historia
que li
mentiram pra mim
nao foi lula la
nem walter benjamim
cara de pudim
que ensinaram o caminho
estrada de espinho
meu terno de linho
anda manchado de vinho barato
pois quem se fodeu
realmente
no pau-de-arara
foi o povo
sem baba-ovo
ninguem
aqui ficou bobo
ingenuo
de repente
na mente
de tanta
varredura
a dura
queda
na
rua
tao
crua
e
nua
foi
outra
ou
sera
que o sarampo da noite
contaminou
as cifras da memoria
olha
nao preciso citar
nenhum
dramaturgo comunista
ista
a pista
anda abarrotada de inercia
na greta
da grecia
so por que nao tenho
rabo preso
com nenhuma academia
canto
na clarevidencia do dia
a melodia
de toda consciencia
calejada
a fronte iluminada
alada
e vagabunda
pela dignidade perdida
assim ficou a vida
corrompida
pelo grito
imbecil
de falsas promessas
mil
puta que vos pariu
nunca foi essa a minha praia
nem sou de sua laia
prefiro os seios da ruiva
lendo o jornal
anal
que me excita
e grita
deixando
na calamidade do sexo
este grito
eu cisco
e arrisco
sendo a zica
rarefeita
eleita
pela mediocridade
feliz
da maquina publica
que sempre atravancou
a vidinha hodierna
deste pau-brasil
que nunca
largou mão
de ser coroa
na proa
gente boa
o mesmo bando de banqueiro
continua ali atoa
lavando a dinheirama
ninguem mais ama
o frigorifico
universal desta imagem
miragem
aposto que estou
em meu ultimo testamento
no momento
pelo aumento
suntuoso
de sua ignorancia fabricada
ja nem adianta
a anta
reclamar
do imperialismo
norte-americano
mano
pois a cinderela
na favela
vestiu
seu vestido prateado
comprado
a prazo
no cartão
solidão
meio a tanta
burguesia
titia
torra logo a grana
dessa aposentadoria
e deixa a cuca ficar louca
ja que a existência
na jornada finita da pele
foi tao pouca
a pulga
neste teatro de revista
nazista
inventariou
o futuro
eu juro
e nem adianta
tapar o sol com a peneira
besteira
zoeira
a hecatombe contemplativa
daquela agrura
não cura
a dor de dente
independente
das cores
que mancam ...

a idiotia de ser mais um relâmpago cigano que me sufoca

a febre -sempre foi um gafanhoto vermelho - amolando os travestis do baixo centro - e seus filhotes - locutor de radio em copo sujo - nos dizendo SER poeta - que na descida aos infernos - embriagou-se - com o guarana dos erros - atras do pó das alegorias modificadas - enquanto - no pergaminho do peito - todo sonho se multiplica - estuprando o vazio da BOCA - na barba milenar do homem - de olhar tenro - chamado de terrorista - onde toda lua brilha - pela nostalgia cansada daquela ampulheta - outra punheta - perdida naquele quarto - esta DOR flutuante desorganiza a sede - duas noites suburbanas - neste horizonte duvidoso - alimentando os girinos de cada gíria - o sorriso árabe - pela luxuria de quem grita meu nome - na expectativa sublime de um cachecol doce -
in espantalhos de bronx -
na modernidade da idade-media - a MERDA - desta procura - sem profundidade - foi instalada - deidade alada - que absolutamente não voa - desconfortável aqui na cama - la fora existe - uma enxurrada de amores vagabundos nos esperando - sem a obrigatoriedade do gozo - apreciador de cona rarefeita - a fragilidade de cada filho - tatuada pela ilusão de ganhar o PÃO - perdendo o néctar da vida - o melhor da festa - sua cosmogonia de sangue - na ressaca paranormal do risco - fragmenta o ventre da luz - a verve emotiva dos pratos - que só de boceta sobrevive - sendo rascunho na mesa - das incapacidades morais -
nodoas do canto - a CATARSE maldita daquela trago - que desanda em turbilhão - o vicio - se emociona - feito lantejoula na segunda hora - beleza de espelho - que afaga os atabaques do ritmo - seu efêmero bater de asas - no colapso suntuoso dos postes - todo quintal perderia seu folego - o vertiginoso vaga-lume da obra - o desenho - a idiotia de ser mais um relâmpago - cigano - que me sufoca - o cafe amargo das trovas - azucrina - o necessário ouvinte - no plantio carente -
de tudo que se fortalece - em penúria -
o amor MOVE - a verborragia do gatilho
outra dose de pinga - e o mesmo torresmo - hoje não - só batata - olhos que sentenciavam o vento - no disfarce da índia - de alergia andrógena - que avacalha os corredores do cranio - personagem de toda trivialidade - a margem - na pimenta da língua - o sal da culpa - são resquícios da coroa -
um terra descaracterizada -
por cada colono -
deixou o próprio polvo -
órfão de seus tentáculos ...

aprimorando a guerra sexual do vento pela ternura da orgia

vendo meus livros
dou autógrafos
e prometo morrer pra valorizar a obra
mas já estou cansado
de tanto plínio marcos fascista
que só reclama
comi tanto macarrão gelado
e sei que nada transborda
nesta estrada de ha muito
passei a detestar cada bêbado
em sua vaidade altista
dormi o sono das múmias
e acordei neste sarcófago alienígena
com dor de garganta
como se vivesse no seculo dezoito
outra vez a porra do telefone dispara
me atirando de repente
na mediocridade da vida
os vendedores de papel
escrevinhadores do vazio
pelas ruas aumentaram
assim vou fingindo
que gosto dos tais escambos de merda enquanto preparo um novo coice
nasci em cada preludio ao avesso
sem ouvir o eco de minha própria voz subvertendo a dor das piranhas
toda paz imatura que me encanta
ali naquela ilha me assalta
sentenciando a falta
o obtuso gozo deste amor
que continua feito bote salva-vidas anunciando o naufrágio do corpo
o enlouquecimento sublime da forma pela superfície de cada beijo
sejamos imprestáveis
como todo crediário das casas bahia viciados na catástrofe da alma
ainda posso ouvir cantar o galo
homem que derrama
azeite nos olhos da ninfa
que atingiu o chamado nirvana
nevoas de toda montaria
apenas mais um abutre
sugando o néctar no ventre das flores aprimorando
a guerra sexual do vento
pela ternura da orgia
onde os juízes da modernidade
são garotos universi'otarios
que se acham aptos em bater o martelo de seus puritanismos anárquicos
adiante
vou sentindo um macunaimico enfado ou seriam
os mesmos protozoários do protesto
me amolando
difícil pra um dinossauro se misturar com uma galerinha nova
mais careta
que égua no cio com medo de cavalo sem haver choque
ela na minha frente chora sem porto dizendo
que somos diferentes
de todo mal agouro
respondo que não sei
por cada descompasso
arrasto a voluptuosa fauna
para os aplicativos do ritmo
aturando com dificuldade
os devaneios da carne
aquilo que me consagra
mal lido
a margem dos atordoados atores
deste teatrinho chulo
que só sabe regurgitar
a antropofágica fantasia
de meus resquícios
sobre esta luz que alimenta o quarto
no baluarte das ignorâncias
só deseja
a paixão das enxurradas
instintivas do cranio ...