sábado, 29 de agosto de 2015

ordem para o povo e progresso para burguesia

nao foi ferreira gaga
tampouco ze dirceu
no comercial deste breu
que comeram cana
de verdade
vaidade
na ditadura
tanta diabrura
se bem que a tal
parece ser a mesma
faltou proeza
pra essa cachorrada
cilada
todos os livros de historia
que li
mentiram pra mim
nao foi lula la
nem walter benjamim
cara de pudim
que ensinaram o caminho
estrada de espinho
meu terno de linho
anda manchado de vinho barato
pois quem se fodeu
realmente
no pau-de-arara
foi o povo
sem baba-ovo
ninguem
aqui ficou bobo
ingenuo
de repente
na mente
de tanta
varredura
a dura
queda
na
rua
tao
crua
e
nua
foi
outra
ou
sera
que o sarampo da noite
contaminou
as cifras da memoria
olha
nao preciso citar
nenhum
dramaturgo comunista
ista
a pista
anda abarrotada de inercia
na greta
da grecia
so por que nao tenho
rabo preso
com nenhuma academia
canto
na clarevidencia do dia
a melodia
de toda consciencia
calejada
a fronte iluminada
alada
e vagabunda
pela dignidade perdida
assim ficou a vida
corrompida
pelo grito
imbecil
de falsas promessas
mil
puta que vos pariu
nunca foi essa a minha praia
nem sou de sua laia
prefiro os seios da ruiva
lendo o jornal
anal
que me excita
e grita
deixando
na calamidade do sexo
este grito
eu cisco
e arrisco
sendo a zica
rarefeita
eleita
pela mediocridade
feliz
da maquina publica
que sempre atravancou
a vidinha hodierna
deste pau-brasil
que nunca
largou mão
de ser coroa
na proa
gente boa
o mesmo bando de banqueiro
continua ali atoa
lavando a dinheirama
ninguem mais ama
o frigorifico
universal desta imagem
miragem
aposto que estou
em meu ultimo testamento
no momento
pelo aumento
suntuoso
de sua ignorancia fabricada
ja nem adianta
a anta
reclamar
do imperialismo
norte-americano
mano
pois a cinderela
na favela
vestiu
seu vestido prateado
comprado
a prazo
no cartão
solidão
meio a tanta
burguesia
titia
torra logo a grana
dessa aposentadoria
e deixa a cuca ficar louca
ja que a existência
na jornada finita da pele
foi tao pouca
a pulga
neste teatro de revista
nazista
inventariou
o futuro
eu juro
e nem adianta
tapar o sol com a peneira
besteira
zoeira
a hecatombe contemplativa
daquela agrura
não cura
a dor de dente
independente
das cores
que mancam ...

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