sábado, 29 de agosto de 2015

aprimorando a guerra sexual do vento pela ternura da orgia

vendo meus livros
dou autógrafos
e prometo morrer pra valorizar a obra
mas já estou cansado
de tanto plínio marcos fascista
que só reclama
comi tanto macarrão gelado
e sei que nada transborda
nesta estrada de ha muito
passei a detestar cada bêbado
em sua vaidade altista
dormi o sono das múmias
e acordei neste sarcófago alienígena
com dor de garganta
como se vivesse no seculo dezoito
outra vez a porra do telefone dispara
me atirando de repente
na mediocridade da vida
os vendedores de papel
escrevinhadores do vazio
pelas ruas aumentaram
assim vou fingindo
que gosto dos tais escambos de merda enquanto preparo um novo coice
nasci em cada preludio ao avesso
sem ouvir o eco de minha própria voz subvertendo a dor das piranhas
toda paz imatura que me encanta
ali naquela ilha me assalta
sentenciando a falta
o obtuso gozo deste amor
que continua feito bote salva-vidas anunciando o naufrágio do corpo
o enlouquecimento sublime da forma pela superfície de cada beijo
sejamos imprestáveis
como todo crediário das casas bahia viciados na catástrofe da alma
ainda posso ouvir cantar o galo
homem que derrama
azeite nos olhos da ninfa
que atingiu o chamado nirvana
nevoas de toda montaria
apenas mais um abutre
sugando o néctar no ventre das flores aprimorando
a guerra sexual do vento
pela ternura da orgia
onde os juízes da modernidade
são garotos universi'otarios
que se acham aptos em bater o martelo de seus puritanismos anárquicos
adiante
vou sentindo um macunaimico enfado ou seriam
os mesmos protozoários do protesto
me amolando
difícil pra um dinossauro se misturar com uma galerinha nova
mais careta
que égua no cio com medo de cavalo sem haver choque
ela na minha frente chora sem porto dizendo
que somos diferentes
de todo mal agouro
respondo que não sei
por cada descompasso
arrasto a voluptuosa fauna
para os aplicativos do ritmo
aturando com dificuldade
os devaneios da carne
aquilo que me consagra
mal lido
a margem dos atordoados atores
deste teatrinho chulo
que só sabe regurgitar
a antropofágica fantasia
de meus resquícios
sobre esta luz que alimenta o quarto
no baluarte das ignorâncias
só deseja
a paixão das enxurradas
instintivas do cranio ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário