quinta-feira, 9 de julho de 2015

pirilampo em teus sonhos de mariposa

te amar
como um estandarte luminoso
mulher de bordel
com lágrimas nos olhos
faca de dois gumes
em teu ventre
nesta hora
confidenciar meu segredo
ancorar feito barco
no cais de tua pele
sem pretensão alguma em sair
ser
sentimental e vasto
igual barulho de chuva na montanha
agarrar o fantasma de teu espanto
e submete-lo a este gozo
meditar
na violência dos dias
uma nova alegria
poder sentir a noite
invadindo teus lábios
feito um soco tenro
na cara do monumento
que não se conforma com a partida
bater a porta
te trancar la dentro
ferir
tua entrega
tua estranheza
com a lamina
de minha paixão transtornada
pirilampo
em teus sonhos de mariposa
iluminar este quarto
pra que este sentimento se encante
aliciando os atalhos de cada gesto
ninfa de fogo

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