foram de horas interrogativas que refiz este trajeto
humanamente sem que a gula do desejo ofuscasse minha chegada
beijei os olhos da paisagem com ternura
e o meu sangue manchou o silêncio das árvores
vadiei em lembranças soterradas e me mantive desperto
aquele sentimento oxigenava o sonho
sem o otimismo das fantasias musicais
noite que revela o imprevisível das cores que deslocam
no carnaval das ilusões tempestuosas
minha alma exaltada se acende
seja eu a voz que se modifica no vazio do vulto
mendigo das manhãs que apavoram
distribuindo os filhos torrenciais de minha loucura
neste arauto de instantes assassinos
purifico o tempo com minhas inutilidades (...
sexta-feira, 13 de maio de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
papagaios robôs e outros personagens
beatles nenhum atravessou a vida
a história de lennon se comparada a minha é lixo
artista do anonimato
faz tempo que não bebo coca-cola
pois o silêncio se fez música em meu sangue
na masmorra do gozo
meu orgasmo - flor de nada
incendeia a dor dos fracassados
sem a fumaça do desejo ambulante
agora grito
o pop é uma puta que trepou de graça com dois anjos caolhos numa noite chuvosa
assim nasceu o monstro
a mitologia vagabunda de todo passado
a história de lennon se comparada a minha é lixo
artista do anonimato
faz tempo que não bebo coca-cola
pois o silêncio se fez música em meu sangue
na masmorra do gozo
meu orgasmo - flor de nada
incendeia a dor dos fracassados
sem a fumaça do desejo ambulante
agora grito
o pop é uma puta que trepou de graça com dois anjos caolhos numa noite chuvosa
assim nasceu o monstro
a mitologia vagabunda de todo passado
terça-feira, 19 de abril de 2011
sal que me alimenta na lesma mata
dentro do desejo
pelas capivaras da fuga
com as mesmas palavras ecoando no vazio
abstrato entre os aplausos da especie
este sou eu com meu mais novo brinquedo
desconhecido e organico
maos sujas de graxa
pele vermelha entre as maravilhas da libertinagem
saudade relembrou espanto
grito no silencio dos olhos
morcego faminto colorindo a quimera de meu nome
pelas capivaras da fuga
com as mesmas palavras ecoando no vazio
abstrato entre os aplausos da especie
este sou eu com meu mais novo brinquedo
desconhecido e organico
maos sujas de graxa
pele vermelha entre as maravilhas da libertinagem
saudade relembrou espanto
grito no silencio dos olhos
morcego faminto colorindo a quimera de meu nome
quinta-feira, 31 de março de 2011
espanco surreal um cisco
territórios de sombra
olhos se espalham pela noite
exaltando os gafanhotos que respiram lama
andei pelo centro procurando abrigo
e encontrei a pele do pensamento amarrada no poste
meus cabelos degustavam o fumo das entranhas
de imediato - o escuro
pirilampo na solidão dos arbustos cansados
olhos se espalham pela noite
exaltando os gafanhotos que respiram lama
andei pelo centro procurando abrigo
e encontrei a pele do pensamento amarrada no poste
meus cabelos degustavam o fumo das entranhas
de imediato - o escuro
pirilampo na solidão dos arbustos cansados
quarta-feira, 30 de março de 2011
oco de outono
brinco
e os brinquedos me avacalham sempre
estou sentindo a presença do nada se apresentando pra mim
por que não lembrar das amplitudes apagadas
daquele sítio grudado no brejo de pessoa
aqui vivo
no osso da sensibilidade cigana
entre o trem da tragédia
vermelha
e os brinquedos me avacalham sempre
estou sentindo a presença do nada se apresentando pra mim
por que não lembrar das amplitudes apagadas
daquele sítio grudado no brejo de pessoa
aqui vivo
no osso da sensibilidade cigana
entre o trem da tragédia
vermelha
terça-feira, 29 de março de 2011
buraco-de-lágrima-nu-tempo
de meus olhos transcedentalizados pelo gozo
guardo a menstruação infinita das horas
onde danço a voçoroca da pele indomada
existe por si só num só fôlego (::
desejo de paisagens primitivas abaixo custo
desenho japonês na fotografia do imperfeito
nesta manhã comi dez formigas
momentânea borboleta em meu surto
lava sombrinha n'água de chuva
sonho paranóia
corte de cabelo na ficção protuberante do amor
guardo a menstruação infinita das horas
onde danço a voçoroca da pele indomada
existe por si só num só fôlego (::
desejo de paisagens primitivas abaixo custo
desenho japonês na fotografia do imperfeito
nesta manhã comi dez formigas
momentânea borboleta em meu surto
lava sombrinha n'água de chuva
sonho paranóia
corte de cabelo na ficção protuberante do amor
pergaminho da ausência
sofro na surpresa flutuante de mim mesmo
aquilo que fui que flui outrora fede
e a beleza excomungada
amanheceu catando centavos na boca do peixe
nada existe quando as cabeças pelo entorpecimento se afastam
mesmo que ainda desejem o não-lugar disso tudo
por que não se trata de poetas e proezas
tampouco compras de supermercado
meu sangue reclamou o frio da imaginação como se fosse uma fada
lá fiquei perdido
entre os costumes já não me ouço
aquilo que fui que flui outrora fede
e a beleza excomungada
amanheceu catando centavos na boca do peixe
nada existe quando as cabeças pelo entorpecimento se afastam
mesmo que ainda desejem o não-lugar disso tudo
por que não se trata de poetas e proezas
tampouco compras de supermercado
meu sangue reclamou o frio da imaginação como se fosse uma fada
lá fiquei perdido
entre os costumes já não me ouço
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