aconteceu no entanto
no mundo das imagens
o fogo consumia o inventário
invisível
reconheci o choque
naquele instante não pude descer os degraus da existência
meus edifícios eram outros (...)
domingo, 25 de outubro de 2009
reparto- o- repolho- do- olho
pau- de- arara- no- dialeto- das- sereias
nuvens- de- gelo despencam- sobre- a- terra
redemoinhos- invadem- o- vilarejo
agarro- o- sonho- (chanceler- de- ilusões- latentes)
o- beijo- já- não- tem- mais- gosto- de- vento
constipando- os- pernilongos- oníricos (:
vai- ficar- impresso- em- poucas- palavras- meu- cansaço
pau- de- arara- no- dialeto- das- sereias
nuvens- de- gelo despencam- sobre- a- terra
redemoinhos- invadem- o- vilarejo
agarro- o- sonho- (chanceler- de- ilusões- latentes)
o- beijo- já- não- tem- mais- gosto- de- vento
constipando- os- pernilongos- oníricos (:
vai- ficar- impresso- em- poucas- palavras- meu- cansaço
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
palavras impronunciáveis - olhos peregrinos - mãos que falam -
excomungam o acaso corrosivo da alma
cor de nada - vim abençoar ventriloquos
no céu tatuado de estrelas (:
mamõyguara opá mamõ pupé
estrangeiros em todo lugar
luxúria na mecânica da língua
braços na fotosíntese da loucura
inclemento os sintomas
dedo molhado pelo gozo dos pássaros
é noite/ no sindicato das tristezas - o vento dorme
sem o soluçar das árvores
há um lençol de garatujas no crânio
barulho que faz nascer o ritmo
barulho que faz nascer o ritmo
excomungam o acaso corrosivo da alma
cor de nada - vim abençoar ventriloquos
no céu tatuado de estrelas (:
mamõyguara opá mamõ pupé
estrangeiros em todo lugar
luxúria na mecânica da língua
braços na fotosíntese da loucura
inclemento os sintomas
dedo molhado pelo gozo dos pássaros
é noite/ no sindicato das tristezas - o vento dorme
sem o soluçar das árvores
há um lençol de garatujas no crânio
barulho que faz nascer o ritmo
barulho que faz nascer o ritmo
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
detur-pári-ando o campo por dois anos que estive na roça
resisti a fadiga e ao tédio e me embriagava de espanto
na falta de um espasmo inebriante
abria aos centávos a alma
abocanhando tudo (:
sei que o poema me conduzirá
rastreando o vento na remela do crânio
mesmo imaginando rua
ainda resta dizer que vivo
na fantasia de outros olhos
resisti a fadiga e ao tédio e me embriagava de espanto
na falta de um espasmo inebriante
abria aos centávos a alma
abocanhando tudo (:
sei que o poema me conduzirá
rastreando o vento na remela do crânio
mesmo imaginando rua
ainda resta dizer que vivo
na fantasia de outros olhos
sábado, 17 de outubro de 2009
cinzas na eloquência da noite dádivas do ventre atrapalhado
no esgotamento das formas palavras primitivas transitam
nas enxurradas do silêncio carrego dor a tiracolo
anotando o inexplimível suicidam-se as lágrimas
no instante em que gritava na flora de frases imperfeitas
passeio meus olhos pela paisagem carcomida do rosto
no esgotamento das formas palavras primitivas transitam
nas enxurradas do silêncio carrego dor a tiracolo
anotando o inexplimível suicidam-se as lágrimas
no instante em que gritava na flora de frases imperfeitas
passeio meus olhos pela paisagem carcomida do rosto
terça-feira, 13 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
possa eu desvendar o mito de haicais sem nenhum futuro
apocalipse no cemitério dos olhos/ pelos alpendres da cor
entropia-desamparo
entre mim e os dragões monomotores da rotina
chuva que exaltou a explosão da lâmpada
o ar se entristece comigo
então brinco de estrela na orelha da porta
as traças invadiram o quarto
no caos subjetivo da língua
minha dúvida será a unção do silêncio
vício de música amarga-mente oriental
tudo para esmagar o instante (...
apocalipse no cemitério dos olhos/ pelos alpendres da cor
entropia-desamparo
entre mim e os dragões monomotores da rotina
chuva que exaltou a explosão da lâmpada
o ar se entristece comigo
então brinco de estrela na orelha da porta
as traças invadiram o quarto
no caos subjetivo da língua
minha dúvida será a unção do silêncio
vício de música amarga-mente oriental
tudo para esmagar o instante (...
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