egolatria na latrina bestial da boca
êxtase no ombro lilás do espantalho
escolhi fraqueza não força
aparência podre
complexo de édipo com nariz de cocaína
grito estardalhaço
meu ouvido
desobedece sua ordem que dormiu na privada
por que sou a marginalidade do sol
sem precisar de passaporte
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
ebó pra urubus de gesso
espíritos dançam sobre a cachoeira brilhante
agora a caça é pobre por que não mais se sonha
não há vingança quando se mata
se cozinha e come
tempestade de palavra no meio da rua
voz ficou enfeitiçada
na embriaguez do verso
música
assim poderia nascer a dança
balé na cegueira do infinito
agora a caça é pobre por que não mais se sonha
não há vingança quando se mata
se cozinha e come
tempestade de palavra no meio da rua
voz ficou enfeitiçada
na embriaguez do verso
música
assim poderia nascer a dança
balé na cegueira do infinito
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
artaud não me entendeu
numa só maravilha
este corpo vestia veneno e tédio
após o despacho
o feitiço das goiabas transparentes
aprendeu ser gratuito
meio ao batuque dos nômades
hoje cansado com olhos de gorila
me devora por correspondência
no suicidio interminável do êxtase
este corpo vestia veneno e tédio
após o despacho
o feitiço das goiabas transparentes
aprendeu ser gratuito
meio ao batuque dos nômades
hoje cansado com olhos de gorila
me devora por correspondência
no suicidio interminável do êxtase
poeta-pó-de-tudo-poeta-pó-de-nada
poeta
pó-de-tudo
pó-de-nada
sendo o navegante
náufrago da voz eternizada
pó-de-tudo
pó-de-nada
sendo o navegante
náufrago da voz eternizada
terça-feira, 24 de agosto de 2010
mal dor-mida
duas noites sem punheta
e o soluço explosivo
mendigando a realeza do coração cansado
paredes de plantas carnívoras que não se devoram
deveria ser deus entre a cegueira do concreto e sua marcha
lírica prostituda em meu vilarejo nômade
e o soluço explosivo
mendigando a realeza do coração cansado
paredes de plantas carnívoras que não se devoram
deveria ser deus entre a cegueira do concreto e sua marcha
lírica prostituda em meu vilarejo nômade
terça-feira, 17 de agosto de 2010
assim falou meu transe
são os castrados
os compassivos saudosistas que enxergam o ralo
que perpetuam o frígido orgasmo da impotência
afim de rebaixar tudo que tem espírito
depois adjetivam a palavra como se fosse um docinho
esquecendo nas vísceras da ressonância
que a poesia se movimenta no corpo da língua
sons agora dançam no turbilhão da imagem
encarnada e sem destino...
os compassivos saudosistas que enxergam o ralo
que perpetuam o frígido orgasmo da impotência
afim de rebaixar tudo que tem espírito
depois adjetivam a palavra como se fosse um docinho
esquecendo nas vísceras da ressonância
que a poesia se movimenta no corpo da língua
sons agora dançam no turbilhão da imagem
encarnada e sem destino...
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