terça-feira, 23 de novembro de 2010

piolho nababo

pinto
pinto
pinto minha boca de vermelho

desenhos são desejos que divagam ...

e a pintura é uma puta de oitocentos ânus
que morre de amor pelo poeta

a propósito o que seria de mim
sem a passividade
da cor
do cu

calabouço de vertigem no estupro do verso

piolho nababo
na cabeça das marionetes que dormem

amanhã sou nada

pergaminho de silêncio em tudo

vatapá para os vagabundos deuses

o jeito é me prostituir por tão pouco

tanto seria se não fosse

de um olho só
o sol assola a peste

Nenhum comentário:

Postar um comentário