sexta-feira, 31 de julho de 2009

não vim aqui prestar aos deuses uma homenagem
sou herdeiro do espírito
e sei que a máquina configurou para sempre o homem
matéria que passou a ser agasalho
na ilusão do conforto odeio tudo
mas ainda existem fantasmas de sangue e metafísica
um teatro que não embolora com o tempo nunca
aos que podem ouvir meu grito ouçam
o apotéotico poema guilhotinar a razão que anseia aplacar a vida
todavia a resistência transborda (...
cristais no lençol da terra brilham
um mundo invisível a olhos humanos
alimentou a fome
com gula o sopro fez reviver o raio
introjetando em mim toda mágia
cipós venenosos e plantas carnívoras
nos desertos do pulso

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