tem água na lua e cabrochas periféricas me dizendo entre
as comportas de meu crânio andam sujas e alegres
no cativeiro das carcaças encontrei o sonho
num atentado de bondade
os pernilongos da agonia reclamam seu bocado
se alimentando de luz entre paredes mofadas
um novo ciclo
faz do cachimbo um cancro
sei que alguém sofre por mim
enquanto aprecio distância
odeio as algemas da alma
minha vida não segue nenhum cometa
sou retalho resquício de uma ilusão astral
cansado fiquei de tudo
chega de educar o corpo
prefiro a imperfeição dos ensinamentos do que sua chuva
noites que já não ouço pela janela (...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
teatro são meus olhos maculando a paisagem indefinível
sobrepondo na carência de palavras o silêncio subjetivo da língua
onde o espaço se decompõe aplicando o segredo do raio
o corpo responde por ressonância
na alma da pele o azul se apaga
a chuva lava o asfalto sujo de sangue
e sozinho no escuro danço (...
os guardiões da terra se assustam
o espírito fica frágil
a voz se corrompe
nasce de solidão o delírio
a tortura corumbá dos poros
de repente assassina os relicários da alma
ritual doce e sem rumo
tarahumara me invento
ao avesso no sol da noite
trouxe mistério
o tamanduá que mudou o mundo
estrangula logo meu pescoço
vai fazer frio na fatalidade do verso
hoje a natureza me entrega suas vísceras
enfeitiçando a saliva do prana
a manhã repousa nas arestas do que sou (:
poesia é noite/ grito rouco para o infinito (...)
sobrepondo na carência de palavras o silêncio subjetivo da língua
onde o espaço se decompõe aplicando o segredo do raio
o corpo responde por ressonância
na alma da pele o azul se apaga
a chuva lava o asfalto sujo de sangue
e sozinho no escuro danço (...
os guardiões da terra se assustam
o espírito fica frágil
a voz se corrompe
nasce de solidão o delírio
a tortura corumbá dos poros
de repente assassina os relicários da alma
ritual doce e sem rumo
tarahumara me invento
ao avesso no sol da noite
trouxe mistério
o tamanduá que mudou o mundo
estrangula logo meu pescoço
vai fazer frio na fatalidade do verso
hoje a natureza me entrega suas vísceras
enfeitiçando a saliva do prana
a manhã repousa nas arestas do que sou (:
poesia é noite/ grito rouco para o infinito (...)
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
motel eutanasia
sexo-nu-muro-na-luz-da-madrugada
acabei rogando praga e dormindo...
eu e minha tragédia de mãos dadas pelo centro
aceitando o murmúrio dos delinquentes
trago em mim a medida certa
a certeza de estar sozinho
e só depois subo em corda bamba (...
acabei rogando praga e dormindo...
eu e minha tragédia de mãos dadas pelo centro
aceitando o murmúrio dos delinquentes
trago em mim a medida certa
a certeza de estar sozinho
e só depois subo em corda bamba (...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
ex-pulso dialetos pela boca
crucificado pela impotência quiz ter asas
oscilar sem plano/vertigem de um raro distúrbio
preso no abismo
para sempre aguilhoado no desabor do verso
ouvi o sonho esmiuçar o instinto
depois me acostumei e fui ficando calejado como manda a escritura
estas mãos possuiam a turbulência das eras
ensaiando o desastre das almas
pardais trepavam no silêncio dos postes
crianças hipnotizadas de solidão cresciam (...
entretanto o frio deformou as horas
assassinou a memória de um amor mendigo
crucificado pela impotência quiz ter asas
oscilar sem plano/vertigem de um raro distúrbio
preso no abismo
para sempre aguilhoado no desabor do verso
ouvi o sonho esmiuçar o instinto
depois me acostumei e fui ficando calejado como manda a escritura
estas mãos possuiam a turbulência das eras
ensaiando o desastre das almas
pardais trepavam no silêncio dos postes
crianças hipnotizadas de solidão cresciam (...
entretanto o frio deformou as horas
assassinou a memória de um amor mendigo
sábado, 12 de setembro de 2009
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