terça-feira, 29 de setembro de 2009

tem água na lua e cabrochas periféricas me dizendo entre
as comportas de meu crânio andam sujas e alegres

no cativeiro das carcaças encontrei o sonho

num atentado de bondade
os pernilongos da agonia reclamam seu bocado

se alimentando de luz entre paredes mofadas
um novo ciclo
faz do cachimbo um cancro

sei que alguém sofre por mim
enquanto aprecio distância
odeio as algemas da alma

minha vida não segue nenhum cometa
sou retalho resquício de uma ilusão astral

cansado fiquei de tudo
chega de educar o corpo
prefiro a imperfeição dos ensinamentos do que sua chuva

noites que já não ouço pela janela (...

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