dialetos encantavam a sereia
serviria no ócio do grito
o desespero na eternidade do mar
emocionou a pele
vertigem com olhos de ampulheta
apocalipse da falta
um devaneio carnívoro
na verborragia esquecida da voz virou matéria
prazer parasita de palavras
no alfabeto do cosmo
a cor fosforescente da paisagem
trouxe no turbilhão da melodia
as artimanhas do ego
na garganta este adagio
silêncio imunizando a utopia
propaga o soluço no colorido dos lábios
abandono volta
calafrio de incerteza
modernidade e marasmo
o mesmo futuro poderia exaltar a vida
na masmorra poluindo o oxigênio deste orgasmo
assim será meu exílio
atropelo de razão no meio da rua
vagalume de hálito duvidoso
felicidade fascista lapidava o tédio
no sarcófago da visão
apodreceu o canto
quinta-feira, 29 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
presságio de flores mas é de balão que ela gosta
ensaio cegueira mais de nove anos
e só agora meus olhos em seus olhos se encontraram
noite em que escrevo tudo de cabeça
ama mas não só por que admira
quero ser seu gato
corto as unhas e prometo que não pulo a janela
talvez fuja por que sou suspeito
me perdi bastante em loucura plural
mas sou singular demais pra ser um só
ainda bem que existe espelho e espasmo
também posso ser um passarinho azul
que canta na janela de seu apartamento
mais alto que o barulho da reforma
lembra (?)
sou seu cúmplice na consciência desbaratinada da vida
minha dor dói mais que martelada no dedo
agora depois de uma gotas do remédio do sono
vem me chegando silêncio e alegria
por saber que compartilhamos seqüelas
noites mal dormidas
devaneios
raivas e risos semelhantes
pois te quero em vida muito
abrindo e fechando portas e janelas ...
e só agora meus olhos em seus olhos se encontraram
noite em que escrevo tudo de cabeça
ama mas não só por que admira
quero ser seu gato
corto as unhas e prometo que não pulo a janela
talvez fuja por que sou suspeito
me perdi bastante em loucura plural
mas sou singular demais pra ser um só
ainda bem que existe espelho e espasmo
também posso ser um passarinho azul
que canta na janela de seu apartamento
mais alto que o barulho da reforma
lembra (?)
sou seu cúmplice na consciência desbaratinada da vida
minha dor dói mais que martelada no dedo
agora depois de uma gotas do remédio do sono
vem me chegando silêncio e alegria
por saber que compartilhamos seqüelas
noites mal dormidas
devaneios
raivas e risos semelhantes
pois te quero em vida muito
abrindo e fechando portas e janelas ...
ensaio cegueira mais de nove anos
o amor nômade conheceu diante o improvável a embriaguez da lua
sangue que se mistura
há mais de nove anos olhos se perdem
nuvens com gosto de algodão doce devoram o firmamento
ser sem nenhuma promessa
oferenda
dorminhoco de meia
odalisca sem burca
na antropologia do sonho
legião tem outra cara
alimenta o corpo
ancestrais do instante
irã-áfrica-brasil
abraçando com alma o vento
vertiginosa língua
beijo e espasmo
no semblante ternura
outrora incansável seria o encanto
palavras e parábolas num só fôlego
repouso de borboleta
orvalho
pôr-do-sol
chuva
pois em amor lhe dou pérolas da imaginação modificada
um felicidade triste sem recalque
maior que palavra responde
flutua na música de nossos olhos
dor que acalma
acaso os relicários da alma brilharam
deixando rastros na travessura surreal do tempo
outra cumplicidade
a cidade regurgitando um deus antropofágico em cada esquina dança
mulher bonita lavando o cabelo na rua
dez gotas de rivotril e um abismo profundo
corpos experimentando a sede
espinha no rosto
o futuro subjetivo do objeto que se persegue
uma tribo indígena
indigentes de rayban fumando o último cigarro
em cada verso um espanto
solidão explodindo na cor de cada tatuagem
produziu velocidade bastarda no sonho
voz que me lembrava da deusa
minha doença de existir em tudo
constrói comigo o trapézio
enche de balões o quintal
a gente deita no mesmo chão
e trafega pelo trânsito da memória
na razão rudimentar de cada risco
sua beleza rainha
brinca faz sorrir
nos mediterrâneos da catarse
deixa minha boca intoxicada de silêncio
até fica bom ouvir que você leu o paulo
que as vezes se importa com o povo
no patíbulo da prática
inaugura-se uma nova liturgia
sem nenhum disfarce
sangue que se mistura
há mais de nove anos olhos se perdem
nuvens com gosto de algodão doce devoram o firmamento
ser sem nenhuma promessa
oferenda
dorminhoco de meia
odalisca sem burca
na antropologia do sonho
legião tem outra cara
alimenta o corpo
ancestrais do instante
irã-áfrica-brasil
abraçando com alma o vento
vertiginosa língua
beijo e espasmo
no semblante ternura
outrora incansável seria o encanto
palavras e parábolas num só fôlego
repouso de borboleta
orvalho
pôr-do-sol
chuva
pois em amor lhe dou pérolas da imaginação modificada
um felicidade triste sem recalque
maior que palavra responde
flutua na música de nossos olhos
dor que acalma
acaso os relicários da alma brilharam
deixando rastros na travessura surreal do tempo
outra cumplicidade
a cidade regurgitando um deus antropofágico em cada esquina dança
mulher bonita lavando o cabelo na rua
dez gotas de rivotril e um abismo profundo
corpos experimentando a sede
espinha no rosto
o futuro subjetivo do objeto que se persegue
uma tribo indígena
indigentes de rayban fumando o último cigarro
em cada verso um espanto
solidão explodindo na cor de cada tatuagem
produziu velocidade bastarda no sonho
voz que me lembrava da deusa
minha doença de existir em tudo
constrói comigo o trapézio
enche de balões o quintal
a gente deita no mesmo chão
e trafega pelo trânsito da memória
na razão rudimentar de cada risco
sua beleza rainha
brinca faz sorrir
nos mediterrâneos da catarse
deixa minha boca intoxicada de silêncio
até fica bom ouvir que você leu o paulo
que as vezes se importa com o povo
no patíbulo da prática
inaugura-se uma nova liturgia
sem nenhum disfarce
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