ensaio cegueira mais de nove anos
e só agora meus olhos em seus olhos se encontraram
noite em que escrevo tudo de cabeça
ama mas não só por que admira
quero ser seu gato
corto as unhas e prometo que não pulo a janela
talvez fuja por que sou suspeito
me perdi bastante em loucura plural
mas sou singular demais pra ser um só
ainda bem que existe espelho e espasmo
também posso ser um passarinho azul
que canta na janela de seu apartamento
mais alto que o barulho da reforma
lembra (?)
sou seu cúmplice na consciência desbaratinada da vida
minha dor dói mais que martelada no dedo
agora depois de uma gotas do remédio do sono
vem me chegando silêncio e alegria
por saber que compartilhamos seqüelas
noites mal dormidas
devaneios
raivas e risos semelhantes
pois te quero em vida muito
abrindo e fechando portas e janelas ...
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