quinta-feira, 29 de março de 2012

vazio da prece

dialetos encantavam a sereia

serviria no ócio do grito

o desespero na eternidade do mar
emocionou a pele

vertigem com olhos de ampulheta

apocalipse da falta

um devaneio carnívoro
na verborragia esquecida da voz virou matéria

prazer parasita de palavras

no alfabeto do cosmo

a cor fosforescente da paisagem

trouxe no turbilhão da melodia

as artimanhas do ego

na garganta este adagio

silêncio imunizando a utopia

propaga o soluço no colorido dos lábios

abandono volta

calafrio de incerteza
modernidade e marasmo

o mesmo futuro poderia exaltar a vida

na masmorra poluindo o oxigênio deste orgasmo

assim será meu exílio

atropelo de razão no meio da rua
vagalume de hálito duvidoso

felicidade fascista lapidava o tédio

no sarcófago da visão
apodreceu o canto

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