dialetos encantavam a sereia
serviria no ócio do grito
o desespero na eternidade do mar
emocionou a pele
vertigem com olhos de ampulheta
apocalipse da falta
um devaneio carnívoro
na verborragia esquecida da voz virou matéria
prazer parasita de palavras
no alfabeto do cosmo
a cor fosforescente da paisagem
trouxe no turbilhão da melodia
as artimanhas do ego
na garganta este adagio
silêncio imunizando a utopia
propaga o soluço no colorido dos lábios
abandono volta
calafrio de incerteza
modernidade e marasmo
o mesmo futuro poderia exaltar a vida
na masmorra poluindo o oxigênio deste orgasmo
assim será meu exílio
atropelo de razão no meio da rua
vagalume de hálito duvidoso
felicidade fascista lapidava o tédio
no sarcófago da visão
apodreceu o canto
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