segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

a dignidade do fuzil in-pessoa

botei meus anéis no dedo pra ficar forte
um cigano marroquino acostumado a fumar haxixe no meio da guerra
o mesmo palestino de barba que odeia o mundo
aquele favelado que botou fogo na fábrica da nike
amor...
é preciso inventar outra verdade
beber cerveja  naquele boteco cult com cara de nojo
ser poesia em tudo - em todos - os tolos que nos olham
amanhecer ao relento a- mar
e depois atacar os publicitários do medo com suas próprias artimanhas
só assim as sentinelas do sonho sobreviverão
enteder a escritura do corpo imediata-mente
o espelho - sua proeza sem promessa
a palavra com seu silêncio - cilada

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