segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

crônica do país-infortúnio

tinha a porqueira do roberto
na última noite do ano com sua lenga-lenga
que incomoda até palito de dente em boca enrugada

e o mesmo papo de boteco:
se ficar rico com a mega
monto fábrica de papel higiênico só com nota de cem
e boto bastante oferenda no mar pra iemanjá ficar ainda mais obesa

bom seria um berrante em praça pública
pra espantar de vez meu pranto
por que choro pela cerimônia da ignorância
pela chuva de fogo dentro do oceano que afugenta

não vale a pena tentar

só o tétano das coisas menores
pode colorir meu rosto

sei que vou sentir nada

Nenhum comentário:

Postar um comentário