terça-feira, 21 de maio de 2013

corpo fechado de ressonância

as trivialidades governam
os fabricantes de cevada são os protagonistas responsáveis pela suruba
os clichês da falta - uma nova montadora recebeu isenção de imposto  
que os escravos contratados morem em senzalas próximas 
populacho que parcela o ingresso sertanojo da folia em duas vezes 
dorme ao relento - dirige embriagado com sua chapação eterna     
inventei o perfil desta personagem corrompida
feitiço moderno já não me pega - trago um corpo fechado de ressonância
a beatitude do risco - sem falar nos monstruosos desejos - seque a noite encantando o sapo
a cerimônia dos embaixadores e diplomatas - espiões entronizados - relembram a alca 
o suor sanguinolento da real labuta é motivo de piada    
tenho ódio paraguaio deste brasilzinho industrial mela cueca
das sucursais norte-americanas e sua ditadura camuflada mundo afora  
sabe de uma coisa - descontente cidadão de qualquer metrópole
não adianta chamar civil de terrorista - sua falsa propaganda de paz foi desmascarada
te peguei com a boca na botija - lendo jornal - com os dentes sujos de borracha
exportando as índias e os frutos da amazônia pra europa
sem falar de sua exploração fotográfica em catálogos de biodiversidade
agora lava seus ganhos duvidosos nos prostíbulos de luxo em dubai
depois diz ser homo-afetivo só pra não dizer que é uma bicha enrustida 
amanhã tu reza um terço - troca de partido - faz coligação fantasmagórica com a base
sobe no palanque - paga de progressista e os babacas te aplaudem
para os mercantilistas de seu terreiro - eu não passo dum vagabundo
semeador de discórdias - bufão que merece ser enjaulado em suas clínicas de extermínio
enquanto seus mimados filhos tomam banho nas águas minerais de brasília
heranças hereditárias de consumo se relacionam
tu que já não consegue sentir o vento bem na cara
que de uma esquina a outra precisa de automóvel
que sem sua robusta conta bancária acaba tendo um infarto
desconhece a lua numa noite fria
a fúria das águas atacando uma pedra - o desabrochar duma flor
nunca andou em liberdade pela ruas de seu bairro nem de marrocos
sempre acaba sendo o turista dos mesmos lugares - com seu falso requinte
se assusta quando enxerga algo vivo - latente  
sei que ficas em silêncio - refutando em seu íntimo aquilo que ouve
e quando bato nas portas de sua mansão - solta os cães e desliga o interfone 
jamais me fita nos olhos - pois a sua hipocrisia te revela
sua pseudo-superioridade é que nem castelo de areia 
aqui ou em qualquer país continua amando as mordaças e desmorona  
prefere a força quando se sente lesado - a gente conversa é desculpa 
seu ego é polícia da vida alheia 24 horas 
finge ser digno - nas enxurradas do orgulho - se arrasta                   
  



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