as trivialidades governam
os fabricantes de cevada são
os protagonistas responsáveis pela suruba
os clichês da falta - uma
nova montadora recebeu isenção de imposto
que os escravos contratados
morem em senzalas próximas
populacho que parcela o
ingresso sertanojo da folia em duas vezes
dorme ao relento - dirige
embriagado com sua chapação eterna
inventei o perfil desta
personagem corrompida
feitiço moderno já não me
pega - trago um corpo fechado de ressonância
a beatitude do risco - sem
falar nos monstruosos desejos - seque a noite encantando o sapo
a cerimônia dos embaixadores
e diplomatas - espiões entronizados - relembram a alca
o suor sanguinolento da real
labuta é motivo de piada
tenho ódio paraguaio deste
brasilzinho industrial mela cueca
das sucursais
norte-americanas e sua ditadura camuflada mundo afora
sabe de uma coisa -
descontente cidadão de qualquer metrópole
não adianta chamar civil de
terrorista - sua falsa propaganda de paz foi desmascarada
te peguei com a boca na
botija - lendo jornal - com os dentes sujos de borracha
exportando as índias e os frutos
da amazônia pra europa
sem falar de sua exploração
fotográfica em catálogos de biodiversidade
agora lava seus ganhos
duvidosos nos prostíbulos de luxo em dubai
depois diz ser homo-afetivo
só pra não dizer que é uma bicha enrustida
amanhã tu reza um terço -
troca de partido - faz coligação fantasmagórica com a base
sobe no palanque - paga de
progressista e os babacas te aplaudem
para os mercantilistas de seu
terreiro - eu não passo dum vagabundo
semeador de discórdias -
bufão que merece ser enjaulado em suas clínicas de extermínio
enquanto seus mimados filhos
tomam banho nas águas minerais de brasília
heranças hereditárias de
consumo se relacionam
tu que já não consegue sentir
o vento bem na cara
que de uma esquina a outra
precisa de automóvel
que sem sua robusta conta
bancária acaba tendo um infarto
desconhece a lua numa
noite fria
a fúria das águas atacando
uma pedra - o desabrochar duma flor
nunca andou em liberdade pela
ruas de seu bairro nem de marrocos
sempre acaba sendo o turista
dos mesmos lugares - com seu falso requinte
se assusta quando enxerga
algo vivo - latente
sei que ficas em silêncio -
refutando em seu íntimo aquilo que ouve
e quando bato nas portas de
sua mansão - solta os cães e desliga o interfone
jamais me fita nos olhos -
pois a sua hipocrisia te revela
sua pseudo-superioridade é
que nem castelo de areia
aqui ou em qualquer país
continua amando as mordaças e desmorona
prefere a força quando se
sente lesado - a gente conversa é desculpa
seu ego é polícia da vida
alheia 24 horas
finge ser digno - nas
enxurradas do orgulho - se arrasta
Nenhum comentário:
Postar um comentário