terça-feira, 22 de julho de 2014

a pena cala - a bala canta

alláh - deus clemente misericordioso
eu - ala-in mohamad bisgodofú
outra vez vou meter a bola onde a coruja dorme
urubuserva
enquanto os demais ali brincam com os badulaques da falsa ousadia
o desarranjo - aquarela em meus olhos que incendeiam farsa
efervescência duvidosa - atazanando o vento vicioso da vontade
ramadan nem sequer termina
e os judeuzinhos da gula abocanham gaza com seu exército podre
assassinando os donos da terra - maomé se revolta
prisão à céu aberto - domo de aço - naquele forte - vigília - mísseis ao lado da cerca
hamas que não dá pro cheiro
grita o cientista político inglês que nunca teve casa arregaçada por morteiro  
porém onde meus antepassados nasceram nunca serei omisso
sangue árabe deste capitólio se levanta
aqui a varredura de palestinos na ordem do dia virou desenho  -
na mão de bosta da mídia - todo árabe já nasce terrorista
aperitivo antes de começar o banquete - a mentira do social
o palpite daquele poetinha burguês desconhece a causa
faz um blinde a limpeza étnica - pra não dizer massacre  -
extermínio - doença que não sara
tudo à favor da soberania norte-americana e judaica -
espalhada pelo mundo pra salvar o rabo do rabino e a sinagoga
todavia refugiado - sem nenhuma complacência - israel te condeno 
mostro as cascas - como se diz em árabe - sem hipocrisia - exponho as vísceras
ramo de oliveira no bico do pombo degolado
criança de seis anos metralhada em colo de mãe
a pena cala - a bala canta
sem nenhum escudo - o papo é reto - jerusalém
palestina te reclama como berço capital de outrora
tipo estrela d'alva antes de qualquer confisco
começo primitivo de tudo aquilo que sente
carta-bomba na verborragia da língua acendo o candeeiro
avião derrubado no leste da rússia - propaganda no prenúncio da guerra
suruba infernal nas ladeiras de vila rica  -
pinga com mel - a sola do sapato arrebenta
faz cênica o viado separatista que sentia nojo
então moleque não esquece a quebrada nem o quebrante
o idiota que te chama carcamano terá sem quinhão
carrega a foice - lubrifica a escopeta - aponta o lápis -
deixa a barba grande - o verso solto e bebe no gargalo este arak
na história do tempo -
palestina
sua dor alimentará o sonho duma nova aurora
profetizando o declínio de toda tribo que te atormenta
no oráculo desta mandinga eis a sentença ...

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