terça-feira, 29 de julho de 2014

minha gentileza não reclama conforto - só artilharia

já disse que não sou termômetro de porra nenhuma
arranjo de flip tampouco

cansei da gentalha vazia do facebook
também deste escarro 0800

anda logo professorinha vampiresca de lixeratura
cuidado com a quadrilha

fechamentos de alma pra com sua inveja trago na língua
o planeta modificado da cuca
bastante sol pra que arda a pele

moda de viola  -
onde o seresteiro cospe em toda murrinha que perdeu o transe

saiba que não te persigo
que não te preciso

meu lirismo rasgado sempre foi néctar pro seu romancezinho babaca
só não faz parte do desenho quando falta xingado pra bunda

aprende de vez a dormir dentro do fusca
à cozinhar numa só frigideira

dando murro em ponta de faca
quebra logo esse dedo
desobedece a rotina - se mostra

trepa com vontade na palavra e não se resguarda 
seu pó de mico de academia - sua besta

vou continuar alimentando os urubus desta alegoria
carniça jogo fora

minha gentileza não reclama conforto
só artilharia

abre bem a pernoca -  a xoxota
daria o recado olhando no olho

tu sabe

nesta hora enche o peito de garatuja minha boca
até aqui todo silêncio fala mais alto

nesse grau navega no barco ou pela janela

caldo panfletário suntuoso

adeus sua fascistinha sem fôlego

segue aí meu universo de espanto
sem direito de resposta seu devaneio não arrota

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