quinta-feira, 19 de março de 2015

qual da cama pela neutralidade da tragédia

grita nao nina berra
pois essa doideira toda
já deu dor de barriga
miller fante céline cioran pablo neruda
tudo colono
do pensamento sem presságio
que merda
lembra daquele poeta barbudo que ficava lendo zaratustra no ponto de onibus
e queria ser preso aquele que se sentia marginal coisa e tal nunca soube colocar comida no prato derrama todo suco do copo e ainda se acha
que porra
aproveita e goza noutro canto
por que tudo se esgota tudo vira esgoto
o parasita da palavra não tem eternidade
gente sempre sacou essa murrinha
que mistério tem o caboclo
que enche a cara responde
nem todo dia nasce um bukowski
até desconfio desse
sem essa de gênio
foda demais já ser um homem
parece que foi o argelino quem disse
pouco importa
farei sombra perguntarei o que ama
qual da cama
pela neutralidade da tragédia
manja nina
neguinho só caricatura
tudo sem verdade sem vertigem
ali a vida segue capengando
bocado maquila o coice
solidão de cara suja garatuja
o bando glorifica a farsa
mas nem sabem fabricar fantasia
neste segundo a ventania aumenta
o guri chora dentro do barraco
o playboy come o cu
daquela piranha na mansão do pai
la fora bem ao lado
um papelão pra cada mendigo
o natal sem novidade se aproxima
um deus contrabandista se apresenta de metranca no meio da rua
cães vira-latas rondam o circo
mas o espetáculo nunca acontece

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