terça-feira, 21 de outubro de 2014

amor na incerteza de cada transe

além do mais humanidade ficou tão broxa positivista nos lábios da lagartixa menstruada de tempo que numa só carranca segue bebendo cerveja neste mar de cococabana enquanto outro homem fica preso estilo calamidade pública lá na estácio dentro do apartamento comendo presunto fala o poeta que adora a diplomacia suja de sua voz no gueto
pf vagabundo na overdose de cada fotografia escadaria da lapa no sabor da tinta quadrilha de ocas e outras malocas pau duro na frente da máquina de lavar roupa enquanto guardo o suco na geladeira amor na incerteza de cada transe sol que não suporta minha energia bota fogo na língua da ninfeta que pouco come carne vermelha personifica o escarro
anéis insuficientes para o que minhas mãos acolhem quero mais muito pouco de tudo isso esse grito o escândalo o desastre o deleite em tentar uma nova harmonia nunca livresca essa minha dor expurga esse ritmo nem dilma nem aécio nada que venha domesticar o surto por que vou fragmentar ainda mais o sonho
o namoro de becket arrastão nos antiquários de outra realeza provinciana
pois o brecho de minhas amarguras outrora traz em si a fome dos postes de nenhuma festa
sendo pelo devaneio favorecido arquétipo dum só destino o que muda tem mais vento sem nenhum pavio de espera odeio o poema
a expectativa essa marra de que vale tantas palavras se não há correspondência alguma com o corpo anseio que os deuses da incerteza sejam pais de toda minha fuga vaga-lume que divaga meio a tanta poeira suntuosa coroa enaltecida pelo sangue diversidade de merda no crepúsculo doente aflorou catarse buscando encontrar o arremesso sobressalto de cartas desordenadas ao espírito nessa epopeia onírica acordei dentro de um fusca invisível presente na protuberância plena de toda angústia exercício quimérico no saara onde a disputa mercadológica foi sempre o primeiro plano de um primitivo passe providencio que meus olhos te comam feito sorvete derramado no esplendor alegórico do chão como se estivesse de quimono ou então de burca e no sinal mostrasse as poderosas pernas de lua dorme pernilongo perdido em seu próprio ego atras de mim imagina cidades ruas inexplicáveis que me sufocam abandonei a caneta o fantasma que vinha avacalhar meu fluxo apostando a última ficha

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