terça-feira, 21 de outubro de 2014

fragmento onírico de um novo destino

temo em enxergar com olhos outros aquilo que me acontece
habitante de novos arquétipos
a inércia do convidado manchou todo discurso
silêncio no vigor da voz
eis o fato
o massacre na ordem do dia
sangue num estágio fosforescente
a república de meus erros expurgou linguagem
devo ao brasil um devaneio sórdido
exagero
casa de orates
o que denuncia toda infância
mais que isso
a trajetória sisuda do vento
fragmento onírico de um novo destino
aprecia a luta hegemônica do corpo
palavras que alimentam o vazio
em suma retalhos de época
assassino dum mero fetiche
narro o invisível
a gueixa que odeia tokio
acaricia minha indiferente verdade
o que veio se manifesta no transe
representa rascunhos vertiginosos daquela partitura
cujo o sereno
na cartografia da pele se oferenda
suave exagero
protagoniza o abandono
escavo dominante toda estética
nela principio loucura
o que foge nao se cala
nasceu poeta e morre besta
intoxicado
escapou do juri
dos convivas e da causa
ao mesmo tempo sentinela do verso
crucial se encontra
livre de todo cuidado
hoje
instrumento desse folego

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