quinta-feira, 9 de abril de 2015

armadilha de um amor desesperado

tampouco poderia adentrar a casa
este jogo
a armadilha de um amor desesperado sua fuga pela tragetoria deste semblante alheio que contemplava a viciosa angustia e o medo
ali nao havia espelho
nao se estimulava nenhum reflexo
expectativa alguma
so esta voz magoando a paisagem
suas pernas tremiam
seu corpo continuava cansado
esperando a proxima partida
o fim de toda aquela ignorancia sem sentido
algo que modificaria o sonho
iluminou a infancia perdida
a memoria flutuante das coisas inanimadas
modificando o climax de seu proprio destino
ela esquecia a forma
o motivo
contemplando o temporal pela janela escreveu a lapis na parede do quarto: anseio atingir um certo aprendizado com minhas derrotas
quanto vale a eternidade de meus fracassos
depois fez a cama
desligou o telefone
apagou as luzes da varanda
adiante
nada mais fazia sentido

Nenhum comentário:

Postar um comentário