quinta-feira, 9 de abril de 2015

na ressonância do silêncio que não se cala

a possibilidade quimérica
de mandar tudo pelos ares
o de esquerda arrotando na cara
do de direita seu entusiamo duvidoso
tudo uma só bosta
farelo miúdo do mesmo saco
porque quero
a inconsciência instintiva dos peixes
esquecer esta inhaca
o apartheid provinciano
pegar estrada
e levar quase nada na mochila
contemplando o estupro emotivo
deste dia que se faz presente
sei que aquele homem
anda por demais intoxicado de idéia
data seu distúrbio
feito um deus sedentário
enquanto os familiares se odeiam
o céu lá fora anuncia outra tempestade
o suor escorre na nuca
da ninfeta sem virtude
a reforma política
ainda uma lenda que perdura
a velhinha fala de pena de morte pra político corrupto e vota no lula
o outro tem asco de bolsa-família
e adora uma puta
já cansado
o bem-te-vi brigou com o vento
falo cambada de um outro conceito
milito em mim outro protesto
detesto passeata adesivo do pt
vou dizer
atrás de todo discurso tem uma privada uma mulher pelada
a polícia descendo o cacete no adolescente vestido de vermelho
alheio a um novo grito
o cristo fez boia-fria entrar na faculdade
amanhã faz alarde na rua
com muita alegria
carrega a bandeira de tanta sujeira
e a dilma cara de cu junto com aécio engomadinho pela tv assiste zé-povinho
e até faz discurso pra acalmar a guerra
mas o ataque continua recíproco
diz que estados unidos
anda planejando o golpe
mas na real tudo a mesma cúpula
pois o barril foi vendido feito banana
não tem quem nos engana
se bem que a vitamina
anda cara pra burro
eu urro
e assim espero que seja o último texto
que venha logo o atentado alado
deixo de lado tudo no lodo
e fico só nesta pinguela
na ressonância do silêncio que não se cala

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