quinta-feira, 9 de abril de 2015

pluraliza os trapos mas não prioriza as tribos

uma zica este bate-volta
todo sentimento se transformou num inseto acuado no canto da parede
hecatombe
feito barata que procura abrigo
parece que o importante sempre foi frustrar as expectativas da coisa
porra
deste amor anseio o mais sísmico agouro
quero que meus olhos
oscilem pela paisagem
pouco importa como se ouve musica
quem interpretou nossa história
confesso que sua voz me deixou tonto
embriagado de medo
por ser tao envolvente a paranoia
quais serão os prazeres do corpo
as pragas que invadirao a alma
ao menos abra um pouco mais a janela
pois o caldo precisa ferver na panela
balela ficar rodopiando
com o navio atras de um porto
congestionamento no cais
natural como no transito
que engoliu nossa bicicletas
estamos sozinhos
de maos dadas no meio da rua
na frágil solidão de cada artifício
não há cartografia
tampouco desenho
que neutralize o fluxo repentino da vida
sigamos viagem
neste mar
ainda
marina
os futuros naufragos
fumam o último cigarro
namorando
as voluptuosas sereias daquela ilha
na vangloria de meus fracassos modificarei o rumo
porem o ego engana
mesmo que cague
nas artimanhas
fantasmagóricas do aquário
mi corazon es surdo
pluraliza os trapos
mas não prioriza as tribos
pede para ser comprado
pela eloquencia das nuvens
pelo dinheiro de trepadas latejantes
antes que o sol possa iluminar a terra

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