sábado, 15 de novembro de 2014

orgia das cores inanimadas

las ideas no valem nada
feito axé pra pernilongo medíocre
a gente se afogou no quarto
enquanto as meninas brincavam nos jardins da memória
meia duzia de cigarros nos fumavam
tu tirou a roupa
abriu a janela
soltou a cabeleira e se pos ali
corrompendo o silêncio
por contemplar a fauna invisível da palavra
orgia das cores inanimadas
enfiou o dedo nos olhos da sede querendo mais
amanhã seria protocolo de fuga
chuva no grau satírico da tormenta
prefiro tua bunda como meu porto
atravessando a balsa de toda luxúria
fragmentos de carne pluralizam esta fábula
esta farra nas entranhas de um arraial fosco
vai o conto se perdendo neste espelho
feito orgasmo de um falso grito
acidental mente
este sonho me pariu

Nenhum comentário:

Postar um comentário