terça-feira, 20 de janeiro de 2015

fogo portátil no silêncio das pedras

sibila aos olhos instintivos da pele
a inconsciência orgânica do tempo
afugenta o sono
a liberdade lunática do risco
entorpecendo a alma visceral do verso
esparrama vertigem
mesmo que a cidade possa traduzir o anonimato dos muros
fogo portátil no silêncio das pedras
penumbra no abstrato das horas
fragmentos de noite
a deidade flutuante assediou catarse
o segundo soneto
peleja em estado de sítio
língua de um teatro momentâneo
quase um rito bipolar ao avesso
fantasia as turbulências do sol
enquanto rudimentar de nuvens se desenha um sonho
lábios de galega
este mar
sua natureza encantaria os atalhos da carne
oxalá pudesse ser sentimental e vasto
primitivo na escuridão silenciosa da vida
desarranjo
o espírito de cada penduricalho confessou aos homens seu segredo
a fragilidade do fôlego
o patuá da virtude
feito uma flecha
segue viagem (...

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