terça-feira, 27 de janeiro de 2015

rascunhos no murmúrio do vento

a rua molhada
duas garrafas de vinho
prosa chata de feminismo pelas depressivas ruas de sao joao del rei
o festival do cinema etéreo inaugura seu disfarce
suco de laranja com dois mil panfletos na bolsa
chuva fria esquentando o peito
esta agonia de existir em tudo
caldo de inércia no rosto sísmico do andarilho
as aquarelas do medo foram postas na estante
vai ficando tarde
e a ninfa me chega pelo arco-íris
entusiasta oferendo musica
nenhum carnaval em diamantina que preste
tampouco vou tomar o mesmo porre
são relatos de quem não alugou a bicicleta
a síndrome etílica de cada beijo
em zona de conforto ainda cospe flutuante de álibis inaudíveis
fragmenta um pouco mais a língua
os atributos de um jornaleco besta
um mês no trecho rumo ao litoral daquela província
posto de gasolina que não acaba
putaria na porta da borracharia
rima
rascunhos no murmúrio do vento ...

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