quinta-feira, 22 de outubro de 2015

aprimorando a guerra sexual do vento pela ternura da orgia

vendo meus livros
dou autografos
e prometo morrer pra valorizar a obra
mas ja estou cansado
de tanto plinio marcos fascista
que so reclama
comi tanto macarrao gelado
e sei que nada transborda
nesta estrada de ha muito
passei a detestar cada bebado
em sua vaidade altista
dormi o sono das mumias
e acordei neste sarcofago alienigena
com dor de garganta
como se vivesse no seculo dezoito
outra vez a porra do telefone dispara
me atirando de repente
na mediocridade da vida
os vendedores de papel
escrevinhadores do vazio
pelas ruas aumentaram
assim vou fingindo
que gosto dos tais escambos de merda
enquanto preparo um novo coice
nasci em cada preludio ao avesso
sem ouvir o eco de minha propria voz
subvertendo a dor das piranhas
toda paz imatura que me encanta
ali naquela ilha me assalta
sentenciando a falta
o obtuso gozo deste amor
que continua feito bote salva-vidas
anunciando o naufragio do corpo
o enlouquecimento sublime da forma
pela superficie de cada beijo
sejamos imprestaveis
como todo crediario das casas bahia
viciados na catastrofe da alma
ainda posso ouvir cantar o galo
homem que derrama
azeite nos olhos da ninfa
que atingiu o chamado nirvana
nevoas de toda montaria
apenas mais um abutre
sugando o nectar no ventre das flores aprimorando
a guerra sexual do vento
pela ternura da orgia
onde os juizes da modernidade
sao garotos universi'otarios
que se acham aptos em bater o martelo
de seus puritanismos anarquicos
adiante
vou sentindo um macunaimico enfado ou seriam
os mesmos protozoarios do protesto
me amolando
dificil pra um dinossauro
se misturar com uma galerinha nova
mais careta que egua no cio
com medo de cavalo sem haver choque
ela na minha frente chora sem porto dizendo
que somos diferentes
de todo mal agouro
respondo que nao sei
por cada descompasso
arrasto a voluptuosa fauna
para os aplicativos do ritmo
aturando com dificuldade
os devaneios da carne
aquilo que me consagra
mal lido
a margem dos atordoados atores
deste teatrinho chulo
que so sabe regurgitar
a antropofagica fantasia
de meus resquicios
sobre esta luz que alimenta o quarto
no baluarte das ignorancias
so deseja
a paixao das enxurradas

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