na luz do circo
nos olhos do cisne
hiperativo das comunhões
posso escrever com cinzas meu desejo
desandar corações de lata
na orgia da palavra
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
abandonado entre os automoveis
aquele deus
com freiras de cona carnivora
esquece as maos no colorido surdo do futuro
onde a casa faz transbordar desejo
meus pes gritam com elegancia teu nome
no entanto me corrigi aos berros
emporcalhando a cama com um cheiro forte
construi o fim antes da queda
ataquei a fraternidade sensacionalista do vermelho
em mim o maravilhoso era centro
doente por deixar a palavra
nenhuma borboleta atravessou os corredores da pele
todavia aconteci como polvo
com cara de prazer
abocanhando todo chocolate
aquele deus
com freiras de cona carnivora
esquece as maos no colorido surdo do futuro
onde a casa faz transbordar desejo
meus pes gritam com elegancia teu nome
no entanto me corrigi aos berros
emporcalhando a cama com um cheiro forte
construi o fim antes da queda
ataquei a fraternidade sensacionalista do vermelho
em mim o maravilhoso era centro
doente por deixar a palavra
nenhuma borboleta atravessou os corredores da pele
todavia aconteci como polvo
com cara de prazer
abocanhando todo chocolate
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
jabutis arreganham olhos de caatinga
onça pintada é meu simplório totem-tesouro
na mecânica da voz o pôr-do-sol ficou tísico
desmiolado gozo
vou viver o quotidiano dos fantasmas boêmios
depois danço um frevo rupestre
parca diárreia do crânio
o cansaço incendeia o corpo
já não faço justiça à velocidade do vulto
pela janela o abandono incentiva o fracasso das libélulas
de horas etílicas teço o improvável
nas caravelas
piratas da alucinação imperfeita lançam dados de sombra
no âmago da volúpia assassino cogumelos de sangue
todavia atirava âncoras no intestino da alma
e formigas sedentárias por devaneio
subvertendo a noite que névoa nos lençois palestinos da cabeça
estrelas combustam
no faz-de-conta úmido do silêncio
quis camuflar sonâmbulo os que se locomovem por ruas de pedra
pois o vazio é como um rei que nunca se aproximou do trono
suntuosa alegria de prazer no tétano
posso sentir meus braços no derrame do sonho
saborear montros e curupiras de lama
dor que atordoa - estiola as orquídeas da palavra
gafanhotos na travessura universal da língua
onça pintada é meu simplório totem-tesouro
na mecânica da voz o pôr-do-sol ficou tísico
desmiolado gozo
vou viver o quotidiano dos fantasmas boêmios
depois danço um frevo rupestre
parca diárreia do crânio
o cansaço incendeia o corpo
já não faço justiça à velocidade do vulto
pela janela o abandono incentiva o fracasso das libélulas
de horas etílicas teço o improvável
nas caravelas
piratas da alucinação imperfeita lançam dados de sombra
no âmago da volúpia assassino cogumelos de sangue
todavia atirava âncoras no intestino da alma
e formigas sedentárias por devaneio
subvertendo a noite que névoa nos lençois palestinos da cabeça
estrelas combustam
no faz-de-conta úmido do silêncio
quis camuflar sonâmbulo os que se locomovem por ruas de pedra
pois o vazio é como um rei que nunca se aproximou do trono
suntuosa alegria de prazer no tétano
posso sentir meus braços no derrame do sonho
saborear montros e curupiras de lama
dor que atordoa - estiola as orquídeas da palavra
gafanhotos na travessura universal da língua
trapezistas embriagados no prenúncio das cores
esfinge no espelho espancado de alquimia
alienígenas do passado cospem nas escadarias do sonho
minha voz sempre será a tradução orgulhosa em desequilíbrio
ventriloquos na liturgia da história
pássaros póstumos
arquipêlago das manhãs que matam
sem o movimento doce da blasfémia
emudeço como protesto
e trato da matéria aos trapos
gelatinosa angústia
em nome do musgo
vomitarei partículas de uma esperança chula
afim de macular o tempo
minha solidão abocanhará os que estiverem famintos
miséria & mistério
nos pavilhões da força
esfinge no espelho espancado de alquimia
alienígenas do passado cospem nas escadarias do sonho
minha voz sempre será a tradução orgulhosa em desequilíbrio
ventriloquos na liturgia da história
pássaros póstumos
arquipêlago das manhãs que matam
sem o movimento doce da blasfémia
emudeço como protesto
e trato da matéria aos trapos
gelatinosa angústia
em nome do musgo
vomitarei partículas de uma esperança chula
afim de macular o tempo
minha solidão abocanhará os que estiverem famintos
miséria & mistério
nos pavilhões da força
terça-feira, 3 de novembro de 2009
coisas indecifráveis foram pintadas nas paredes brancas deste quarto
o afagar das mãos nas pálpebras enlouquecia o espírito
é sonâmbulo o êxtase
olhos vesgos/medo reticente
onde dançam os cães barbitúricos da última palavra
sei evocar o monstro da memória
macular a solidão de arruda
eu que me sonhei lodo/caixa de música
na fantasia complemento o milagre
com outras máscaras ouço o chamado (:
a evolução da terra
brutalidade pitoresca
teatro das mutilações
hoje a plasticidade canta vácuos de silêncio (:
mesopotâmia/malebolge
montanhas afogadas no oceano
peixes maravilhosos
estes corpos alimentam os objetos do reino
repousam sombras em meu cadáver
grito absoluto de outro jeito
o afagar das mãos nas pálpebras enlouquecia o espírito
é sonâmbulo o êxtase
olhos vesgos/medo reticente
onde dançam os cães barbitúricos da última palavra
sei evocar o monstro da memória
macular a solidão de arruda
eu que me sonhei lodo/caixa de música
na fantasia complemento o milagre
com outras máscaras ouço o chamado (:
a evolução da terra
brutalidade pitoresca
teatro das mutilações
hoje a plasticidade canta vácuos de silêncio (:
mesopotâmia/malebolge
montanhas afogadas no oceano
peixes maravilhosos
estes corpos alimentam os objetos do reino
repousam sombras em meu cadáver
grito absoluto de outro jeito
domingo, 25 de outubro de 2009
reparto- o- repolho- do- olho
pau- de- arara- no- dialeto- das- sereias
nuvens- de- gelo despencam- sobre- a- terra
redemoinhos- invadem- o- vilarejo
agarro- o- sonho- (chanceler- de- ilusões- latentes)
o- beijo- já- não- tem- mais- gosto- de- vento
constipando- os- pernilongos- oníricos (:
vai- ficar- impresso- em- poucas- palavras- meu- cansaço
pau- de- arara- no- dialeto- das- sereias
nuvens- de- gelo despencam- sobre- a- terra
redemoinhos- invadem- o- vilarejo
agarro- o- sonho- (chanceler- de- ilusões- latentes)
o- beijo- já- não- tem- mais- gosto- de- vento
constipando- os- pernilongos- oníricos (:
vai- ficar- impresso- em- poucas- palavras- meu- cansaço
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
palavras impronunciáveis - olhos peregrinos - mãos que falam -
excomungam o acaso corrosivo da alma
cor de nada - vim abençoar ventriloquos
no céu tatuado de estrelas (:
mamõyguara opá mamõ pupé
estrangeiros em todo lugar
luxúria na mecânica da língua
braços na fotosíntese da loucura
inclemento os sintomas
dedo molhado pelo gozo dos pássaros
é noite/ no sindicato das tristezas - o vento dorme
sem o soluçar das árvores
há um lençol de garatujas no crânio
barulho que faz nascer o ritmo
barulho que faz nascer o ritmo
excomungam o acaso corrosivo da alma
cor de nada - vim abençoar ventriloquos
no céu tatuado de estrelas (:
mamõyguara opá mamõ pupé
estrangeiros em todo lugar
luxúria na mecânica da língua
braços na fotosíntese da loucura
inclemento os sintomas
dedo molhado pelo gozo dos pássaros
é noite/ no sindicato das tristezas - o vento dorme
sem o soluçar das árvores
há um lençol de garatujas no crânio
barulho que faz nascer o ritmo
barulho que faz nascer o ritmo
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
detur-pári-ando o campo por dois anos que estive na roça
resisti a fadiga e ao tédio e me embriagava de espanto
na falta de um espasmo inebriante
abria aos centávos a alma
abocanhando tudo (:
sei que o poema me conduzirá
rastreando o vento na remela do crânio
mesmo imaginando rua
ainda resta dizer que vivo
na fantasia de outros olhos
resisti a fadiga e ao tédio e me embriagava de espanto
na falta de um espasmo inebriante
abria aos centávos a alma
abocanhando tudo (:
sei que o poema me conduzirá
rastreando o vento na remela do crânio
mesmo imaginando rua
ainda resta dizer que vivo
na fantasia de outros olhos
sábado, 17 de outubro de 2009
cinzas na eloquência da noite dádivas do ventre atrapalhado
no esgotamento das formas palavras primitivas transitam
nas enxurradas do silêncio carrego dor a tiracolo
anotando o inexplimível suicidam-se as lágrimas
no instante em que gritava na flora de frases imperfeitas
passeio meus olhos pela paisagem carcomida do rosto
no esgotamento das formas palavras primitivas transitam
nas enxurradas do silêncio carrego dor a tiracolo
anotando o inexplimível suicidam-se as lágrimas
no instante em que gritava na flora de frases imperfeitas
passeio meus olhos pela paisagem carcomida do rosto
terça-feira, 13 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
possa eu desvendar o mito de haicais sem nenhum futuro
apocalipse no cemitério dos olhos/ pelos alpendres da cor
entropia-desamparo
entre mim e os dragões monomotores da rotina
chuva que exaltou a explosão da lâmpada
o ar se entristece comigo
então brinco de estrela na orelha da porta
as traças invadiram o quarto
no caos subjetivo da língua
minha dúvida será a unção do silêncio
vício de música amarga-mente oriental
tudo para esmagar o instante (...
apocalipse no cemitério dos olhos/ pelos alpendres da cor
entropia-desamparo
entre mim e os dragões monomotores da rotina
chuva que exaltou a explosão da lâmpada
o ar se entristece comigo
então brinco de estrela na orelha da porta
as traças invadiram o quarto
no caos subjetivo da língua
minha dúvida será a unção do silêncio
vício de música amarga-mente oriental
tudo para esmagar o instante (...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
tem água na lua e cabrochas periféricas me dizendo entre
as comportas de meu crânio andam sujas e alegres
no cativeiro das carcaças encontrei o sonho
num atentado de bondade
os pernilongos da agonia reclamam seu bocado
se alimentando de luz entre paredes mofadas
um novo ciclo
faz do cachimbo um cancro
sei que alguém sofre por mim
enquanto aprecio distância
odeio as algemas da alma
minha vida não segue nenhum cometa
sou retalho resquício de uma ilusão astral
cansado fiquei de tudo
chega de educar o corpo
prefiro a imperfeição dos ensinamentos do que sua chuva
noites que já não ouço pela janela (...
as comportas de meu crânio andam sujas e alegres
no cativeiro das carcaças encontrei o sonho
num atentado de bondade
os pernilongos da agonia reclamam seu bocado
se alimentando de luz entre paredes mofadas
um novo ciclo
faz do cachimbo um cancro
sei que alguém sofre por mim
enquanto aprecio distância
odeio as algemas da alma
minha vida não segue nenhum cometa
sou retalho resquício de uma ilusão astral
cansado fiquei de tudo
chega de educar o corpo
prefiro a imperfeição dos ensinamentos do que sua chuva
noites que já não ouço pela janela (...
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
teatro são meus olhos maculando a paisagem indefinível
sobrepondo na carência de palavras o silêncio subjetivo da língua
onde o espaço se decompõe aplicando o segredo do raio
o corpo responde por ressonância
na alma da pele o azul se apaga
a chuva lava o asfalto sujo de sangue
e sozinho no escuro danço (...
os guardiões da terra se assustam
o espírito fica frágil
a voz se corrompe
nasce de solidão o delírio
a tortura corumbá dos poros
de repente assassina os relicários da alma
ritual doce e sem rumo
tarahumara me invento
ao avesso no sol da noite
trouxe mistério
o tamanduá que mudou o mundo
estrangula logo meu pescoço
vai fazer frio na fatalidade do verso
hoje a natureza me entrega suas vísceras
enfeitiçando a saliva do prana
a manhã repousa nas arestas do que sou (:
poesia é noite/ grito rouco para o infinito (...)
sobrepondo na carência de palavras o silêncio subjetivo da língua
onde o espaço se decompõe aplicando o segredo do raio
o corpo responde por ressonância
na alma da pele o azul se apaga
a chuva lava o asfalto sujo de sangue
e sozinho no escuro danço (...
os guardiões da terra se assustam
o espírito fica frágil
a voz se corrompe
nasce de solidão o delírio
a tortura corumbá dos poros
de repente assassina os relicários da alma
ritual doce e sem rumo
tarahumara me invento
ao avesso no sol da noite
trouxe mistério
o tamanduá que mudou o mundo
estrangula logo meu pescoço
vai fazer frio na fatalidade do verso
hoje a natureza me entrega suas vísceras
enfeitiçando a saliva do prana
a manhã repousa nas arestas do que sou (:
poesia é noite/ grito rouco para o infinito (...)
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
motel eutanasia
sexo-nu-muro-na-luz-da-madrugada
acabei rogando praga e dormindo...
eu e minha tragédia de mãos dadas pelo centro
aceitando o murmúrio dos delinquentes
trago em mim a medida certa
a certeza de estar sozinho
e só depois subo em corda bamba (...
acabei rogando praga e dormindo...
eu e minha tragédia de mãos dadas pelo centro
aceitando o murmúrio dos delinquentes
trago em mim a medida certa
a certeza de estar sozinho
e só depois subo em corda bamba (...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
ex-pulso dialetos pela boca
crucificado pela impotência quiz ter asas
oscilar sem plano/vertigem de um raro distúrbio
preso no abismo
para sempre aguilhoado no desabor do verso
ouvi o sonho esmiuçar o instinto
depois me acostumei e fui ficando calejado como manda a escritura
estas mãos possuiam a turbulência das eras
ensaiando o desastre das almas
pardais trepavam no silêncio dos postes
crianças hipnotizadas de solidão cresciam (...
entretanto o frio deformou as horas
assassinou a memória de um amor mendigo
crucificado pela impotência quiz ter asas
oscilar sem plano/vertigem de um raro distúrbio
preso no abismo
para sempre aguilhoado no desabor do verso
ouvi o sonho esmiuçar o instinto
depois me acostumei e fui ficando calejado como manda a escritura
estas mãos possuiam a turbulência das eras
ensaiando o desastre das almas
pardais trepavam no silêncio dos postes
crianças hipnotizadas de solidão cresciam (...
entretanto o frio deformou as horas
assassinou a memória de um amor mendigo
sábado, 12 de setembro de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
vi crianças no escorregador do barranco
contemplei o pôr-do-sol na favela dos cães se coçando
é amargo meu choro
nesta hora paisagem escassa
na solidão do verbo
nenhum vintém para o desejo
adoto um devaneio a cada hora
e durmo no cangaço da palavra
ladainha de um pleonasmo rouco
subsídio que viola a lua
miopia latente
maquiagem borrada e um batom vermelho
vertigem de eros/no silêncio do feto
foi o piá que sujou a garatuja
contemplei o pôr-do-sol na favela dos cães se coçando
é amargo meu choro
nesta hora paisagem escassa
na solidão do verbo
nenhum vintém para o desejo
adoto um devaneio a cada hora
e durmo no cangaço da palavra
ladainha de um pleonasmo rouco
subsídio que viola a lua
miopia latente
maquiagem borrada e um batom vermelho
vertigem de eros/no silêncio do feto
foi o piá que sujou a garatuja
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
domingo, 2 de agosto de 2009
o renascimento desconfortável das manhãs deprime
minha saudade
é por você um vírus
os ventiladores da memória continuam ligados
entorpecido de cores me arrependo tanto (...
por que sou a imagem da palavra-pólvora
contagem das luas/ eternidade
o que o declínio disse pra glória das coisas que se confundem (?)
: verbo rastreando a carcaça
troncos ejaculam o nectár da natureza
minha saudade
é por você um vírus
os ventiladores da memória continuam ligados
entorpecido de cores me arrependo tanto (...
por que sou a imagem da palavra-pólvora
contagem das luas/ eternidade
o que o declínio disse pra glória das coisas que se confundem (?)
: verbo rastreando a carcaça
troncos ejaculam o nectár da natureza
sexta-feira, 31 de julho de 2009
não vim aqui prestar aos deuses uma homenagem
sou herdeiro do espírito
e sei que a máquina configurou para sempre o homem
matéria que passou a ser agasalho
na ilusão do conforto odeio tudo
mas ainda existem fantasmas de sangue e metafísica
um teatro que não embolora com o tempo nunca
aos que podem ouvir meu grito ouçam
o apotéotico poema guilhotinar a razão que anseia aplacar a vida
todavia a resistência transborda (...
cristais no lençol da terra brilham
um mundo invisível a olhos humanos
alimentou a fome
com gula o sopro fez reviver o raio
introjetando em mim toda mágia
cipós venenosos e plantas carnívoras
nos desertos do pulso
sou herdeiro do espírito
e sei que a máquina configurou para sempre o homem
matéria que passou a ser agasalho
na ilusão do conforto odeio tudo
mas ainda existem fantasmas de sangue e metafísica
um teatro que não embolora com o tempo nunca
aos que podem ouvir meu grito ouçam
o apotéotico poema guilhotinar a razão que anseia aplacar a vida
todavia a resistência transborda (...
cristais no lençol da terra brilham
um mundo invisível a olhos humanos
alimentou a fome
com gula o sopro fez reviver o raio
introjetando em mim toda mágia
cipós venenosos e plantas carnívoras
nos desertos do pulso
terça-feira, 28 de julho de 2009
irei acordar de vez a estátua
distribuir migalhas de pão e uma navalha
incendiando bandeiras macônicas
eu poesia que me dá azia
quero cores que me levam pra ásia
nenhum pentraiver na cabeça
prefiro a insuficiência das coisas imprevisíveis
com-puta-dor de declínio
meus olhos passeiam (...
chegou a hora de lavar as mãos
dar adeus ao século de todas as formas
de todas as flores sem espinho
por que sou otimista das vísceras
cultivando o cuspe da palavra
no calabouço da fala
o mexilhão do medo sonha
desafiando o pesadelo dos números
vulgo de cadeia/voa verbo
só me restou algums centávos e um cheque em branco
traficante das amoras/cafetão daquele busto
faço fortuna rápido
pé de santo/ouro de igreja
vivo o mais longe que posso
há uma mina de petróleo em meu segredo
palestino das panelas
amor
agiotagem agora é meu negócio
empréstimo a preço de sangue
lucro um laboratório de vento e beijos de prata
distribuir migalhas de pão e uma navalha
incendiando bandeiras macônicas
eu poesia que me dá azia
quero cores que me levam pra ásia
nenhum pentraiver na cabeça
prefiro a insuficiência das coisas imprevisíveis
com-puta-dor de declínio
meus olhos passeiam (...
chegou a hora de lavar as mãos
dar adeus ao século de todas as formas
de todas as flores sem espinho
por que sou otimista das vísceras
cultivando o cuspe da palavra
no calabouço da fala
o mexilhão do medo sonha
desafiando o pesadelo dos números
vulgo de cadeia/voa verbo
só me restou algums centávos e um cheque em branco
traficante das amoras/cafetão daquele busto
faço fortuna rápido
pé de santo/ouro de igreja
vivo o mais longe que posso
há uma mina de petróleo em meu segredo
palestino das panelas
amor
agiotagem agora é meu negócio
empréstimo a preço de sangue
lucro um laboratório de vento e beijos de prata
segunda-feira, 27 de julho de 2009
o mundo anda perdido
quem achar é dono
o google do futuro servira só pra quem for cego
as palavras não terão mais importância
no pesar da língua
estou planejando ficar rico
por cada ruga um tesouro
chega de choramingas
quem gosta de escambo é hippe
vou blindar o corpo
na hosana do silêncio vomito o vício do crânio
turista em minha própria terra
quero sem compaixão
surrupiar a esmola de todos os mendigos
trepar no escuro daquele útero de borboleta
depois vão dizer que minha poesia sangra
que bato punheta na frente do poste
sem tv acabo e nenhum fox
a fuga é uma promessa
o fungo em meus cabelos faz festa
alterando minha voz
ordinária ilusão
beberei a champanhe das jararacas na vernissage
enquanto coço o pinto
meu doce leitor
li as manhãs ao avesso
gastei até dinheiro que não tinha na gandaia
sou poeta sou vaidoso e subo em cima da mesa
ouro preto.25.07.2009
quem achar é dono
o google do futuro servira só pra quem for cego
as palavras não terão mais importância
no pesar da língua
estou planejando ficar rico
por cada ruga um tesouro
chega de choramingas
quem gosta de escambo é hippe
vou blindar o corpo
na hosana do silêncio vomito o vício do crânio
turista em minha própria terra
quero sem compaixão
surrupiar a esmola de todos os mendigos
trepar no escuro daquele útero de borboleta
depois vão dizer que minha poesia sangra
que bato punheta na frente do poste
sem tv acabo e nenhum fox
a fuga é uma promessa
o fungo em meus cabelos faz festa
alterando minha voz
ordinária ilusão
beberei a champanhe das jararacas na vernissage
enquanto coço o pinto
meu doce leitor
li as manhãs ao avesso
gastei até dinheiro que não tinha na gandaia
sou poeta sou vaidoso e subo em cima da mesa
ouro preto.25.07.2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
faltou química no lundum da pele.
o interesse do monstro modificou o vício.
ir para o butão impregnado de lama;
depois sobreviver na necrópole catando lixo.
destino confronto;
na decomposição da palavra a vaidade deflorou o tédio;
e da membrana do prenúncio foge.
cavalo-marinho; na violência do luto
o atentado
o interesse do monstro modificou o vício.
ir para o butão impregnado de lama;
depois sobreviver na necrópole catando lixo.
destino confronto;
na decomposição da palavra a vaidade deflorou o tédio;
e da membrana do prenúncio foge.
cavalo-marinho; na violência do luto
o atentado
a imaginação é o espaço. o espasmo no suor do grito sem nenhuma américa. só acredito nos tentáculos do fôlego. imigrante de solidão e luxuria; faculdade é igual adolescência dá espinha depois sara; cinema delinquente; barba imagética; vim anunciar a máquina; o barulho do sonho; por que sou andrógino entre piás de nuvem. sem as sutilezas do gozo, passarela e mutuns intoxicados de poeira; insônia das águas; dedilhando o universo na voz do gemido; incinerando o sol; mão molhada; artesanato inútil; tudo habito e beijo a espanhola de pouca prosa;
sexo instigante; híbrido atalho pra outro beco
sexo instigante; híbrido atalho pra outro beco
terça-feira, 21 de julho de 2009
é o abismo das alucinações enfeitiçadas. sortilélio da palavra que aterriza no corpo. abandonei as letras que naufragam. beijo estrondo de linhas oníricas que reverberam a visão das cores vivas. embriagado; bisgodofu maculou a chuva; enquanto bebia licor de pedra; suas pernas escalavam o arco-íris. desintegrando a carcaça da noite; meus pesadelos cheiram terra. erosão e exílio. língua possessa. desordem. escrevo aos espantalhos da pele. no tempo de iluminações abortivas. refletores sonânbulos. epidemia de estátua. repouso nunca. picumãs de meus olhos iguana. na confraria dos míopes pardais no cio. as coisas seguem seu ritmo alucinado. por aqui não há sapatos de primavera. é primevo os sintomas do corpo. eutanasia da alma. sangro na epiderme do dia. transeuntes tomam o táxi da imaginação exaltados de futuro. na canção do porvir; cogumelos da raça. deitam-se as dunas; no olhar infante do desejo; espanco os inútensilios da solidão. trago em mim todas as partidas. monotonia que traz tédio. crisântemos da inconsciência. anseio ficar suspenso como se o nada lentamente fosse me acontecendo. pior que bosta de mãe; vomitei destino e aquarelas pichadas. na clarividência das pirâmides; o silêncio é a mortalha que me sufoca. redemoinho no traço primaveril do canto. paisagem de vento em minha saudade entorpecida de ruga
me devoro tanto que de beleza padeço. trágica profusão. minotauro que profana o apóstolo das apostas.templos no texto ouço. a voz fantasma filtra os olhos. vaidade inconsequente. já não me aprumo como os potros. estou abaixo das tartarugas e viajo nos balangandãs de outra sede. aparição que não diz nada. odeio as nódoas do desejo. que tudo sejá sonho. primitivo acaso. dejeto. ainda posso me perder no mangue. nas manhãs que uivam. personagem da favela e da falange. miragens me sufocam. na terra do corpo inca; o sol da solidão revigora o êxtase
....
(textos - testículos;
pra nenhuma vaidade botar defeito.
ponto final.
anal.)
....
(textos - testículos;
pra nenhuma vaidade botar defeito.
ponto final.
anal.)
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