terça-feira, 19 de maio de 2015

estandarte de qualquer refúgio

inicia-se o prelúdio
o fazer pleno das afetividades
ao vivenciar minha cria
sua energia dando estrelinhas na grama promovendo a festa do pijama pra as tres amigas
meus olhos se desintoxicam do sangue sujo do seculo
contemplo num olhar infante a alegria deste momento
mesmo sendo esta boa ventura temperamental
aceleramos o passo chupando picole no meio da chuva repetimos aquela ciranda
fortalecendo meus fracassos pra que todo amor seja sublime
feito batata frita com oregano
depois do sonho filha
as coisas nao mudam de postura
o ciclista tem pouca ciclovia na cidade
pirilampo e cigarra virou lenda diante falta d'agua
cresceremos juntos na solidao das horas
aquilo que vemos nem sempre enxerga com compreensao o que diminui
persigo o gozo imprecindivel de qualquer imagem
o vendedor de algodao doce
esta garoa fria que cai em sao paulo
uma existencia que arrisca
vale o vigor do trapezista
a lona rasgada do circo
minhas retinas invadiam aquele buraco
espreitando por entre as pernas de arquibancada todo teatro
ainda hoje a musica continua impregnada em meus ouvidos
pois rua todo pivete sabe que jamais sera pragmatica
por ti ananda
carne de minha carne
filha minha
meu sorriso cansado junto ao oasis de sua infancia vai embora
e o lirismo das inventivas brincadeiras acontece
tu sabes melhor que qualquer poeta dissecar a palavra
construir na areia da praia uma forte
botar papai pra acordar cedo sem ressaca
abrindo a janela do quarto pra que o sol aplume
sei que sua falta de disciplina deseja nao ser domesticada
que toda escola retalha nossos instintos
aprendo contigo o quanto necessário
viver na vertigem de cada desenho seu impulso
menina que me pergunta tudo
na falange do nada
as nuvens se multiplicam e nao se encontra resposta
o brigadeiro fica ainda mais gostoso
seja na tristeza ou na risada
a caminho do vento
o arco-iris parece um escorregador
as cores te falam
tocante sao os gestos
crânio alento e templo
o para-casa do sapinho azul
a algazarra da vovó formiga
mais refrigerante nos finais de semana era uma festa
em seu agouro
estandarte de qualquer refúgio

Nenhum comentário:

Postar um comentário