que nem pé de acerola morrendo a mingua - a cura gay é cheia
de gafes
na solidão virtual do corpo se transforma - transcendendo
este adorno
anda de mãos dadas pelas ruas do centro
alegre por enxergar na lama a cor do sol - saia azul que azucrina
uma passado de merda mendigando melhor futuro continua
presente
não há sucedâneos - sentimental tragédia - o que tem a vida
com tudo isso
o segundo sonho apodrecia na rede - uma goleada de ilusões anestesiou
a massa
as ruminações do espírito se perderam - tem categoria a
nossa decadência
um passe perfeito - onde os personagens da arquibancada
gritam
pela punheta duma dor prostituída - os atletas receberam medalhas
de cinismo -
e voltaram seus olhos pro alto - pois o confronto das reais
mazelas -
fica sendo supérfluo - diante todo circo - os bufões do
verde e amarelo cantam -
a desgraçada paz patética da pátria - como a sutil
propaganda da igreja -
os suicidas da fé compartilham o churrasco
contrabandistas bolivianos vão castrando cultura
até o gado aqui ficou sem chão
plantações de eucalipto arrasam a terra
mineradoras avacalham desde sempre
esta história só cultivou fatalidades ao longo do tempo
esqueceu o tal shakespeare na cozinha e agora sente a
profecia da foice
nutrindo um orgulho derradeiro pelos mesmos fantasmas
vagabundos
desejo dúvida - sem nenhum salmo de palavra
esta língua construiu um império
A língua mesmo a língua que nunca foi de ninguém sem nem um cu pra lamber.
ResponderExcluirMuito bom testo POETA, te dou folga amanhã, vem pra cá!