sexta-feira, 12 de julho de 2013

mantimento o invisível - tristeza não tem parâmetro


devo improvisar - empanturrando a seiva - utopia fortalece
olhos murmuram - espécie dum só espanto - asco do moderninho risco
instrumento das atrações que aguçaram sombra
por consagrar a dúvida - a terra é viva -  
pessoas que são broxas - impotentes diante a zica 
falta oxigênio para o crânio - carcaça à margem de tudo
em bucaramanga água de cebola exorcizou minhoca 
nada disso interessa - surreal fica sendo o palco
anjo-demônio carregando a bolsa 
pergunto - quem continuará propagando o néctar
papel não pula -
porém os poetas se transformaram em burocratas do verso
peixinho de aquário em rede social sem nenhuma sereia
sobrancelha branca reunindo as pedras do reino
aqui sou vítima de outras parábolas
fantasma de alpendre no desenho das cinzas
jamais consigo ouvir os missionários - tampouco bicicletas de chuva 
os corcéis da intuição me guardam
tristeza não tem parâmetro - incorporo a santidade das abelhas
na catarse da língua - mexo meus ossos à favor do sonho
bosta de gado secando ao sol maravilha mais que toda europa
degenera-se o gozo dos magnatas moribundos
na qualidade da luz - governa a febre - olho que sente    
criou-se contenda - alegoria tupiniquim na cabeça do povo
os anestésicos da voz petrificam noite  
coração de fibra ótica - no exílio deste quarto -
trago filigranas e nuvens - mantimento o invisível
a proeza dos patetas empacou o trânsito
a moreninha do cartaz amarelo comia pipoca como se fosse uma deusa
os atores foram abduzidos pelo atentado - nem tomando um porre me salvo
o da leste recebeu bala no peito -
tipo biana pagando de patroa - cocaína - ostentação e funk
corta essa de instagram - loa estranheza - na paragem do estrondo que veio                  

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