terça-feira, 2 de setembro de 2014

absurdo de carpas que perderam o transe

redundância em tudo aquilo que existe
pouco importa se estado é unido ou fragmentado
presidente ou presságio
este sonho nasceu de palavras ao leu
indisposto pra com toda linearidade
dia na inquietude do primeiro ato
plano
desmascarando a coisa numa só tacada
cuspo em todo cavalete e no livro deste afeto
ali afoito no melindre de um deus avulso
escolho a névoa este fracasso o escarro do corpo
a saga salutar deste negócio que se chama cidade
traz no clichê da fala uma overdose de cactos
tanta besteira na inércia que exaltava o escuro
absurdo de carpas que perderam o transe
intransponível lubrificaria o fôlego
a saudade estratégica no quintal desta bebedeira
blinda lágrima no regurgitar da pele
oferenda instinto que não passou daquilo
acovardando a esplendorosa luz
que pai serei sem a função do orifício
na plenitude do sol o que não foi fácil
amor esmagando o brinquedo
o teatro safonildo é tão artificial como as falanges do grito
mostra o falo trivial de cada beco
boca desejando o personagem
o mundinho dela ataca o atalho e a máquina de fazer sangue
outrora esta imaginação continua prolífica
distante das caravanas do mesmo
da identidade do corvo do marasmo do polvo
os demais engoliram o elixir de toda nobreza
quatorze homens alimentaram esta orgia
defecaram defeitos no regalo de toda moral
partitura duvidosa e açoite
lúdica luz nirvana curumim custoso
o cheiro da relva é tão empírico como deste avião revolucionário
pois o clima tropical dos trastes presta só quando bebe cerveja
leitura em escola pública sujeira incestuosa na roupa do inca
quero o lixo do menor critério
tombo só quando chove em arraial
num pedaço de pasto na manutenção daquele posto
tem a perna tostada sepultura indígena lá de trancoso
o poliglota reclamou do karma argila no cu da coroa
pela mucugê exalando luxúria acaso se perdeu em si mesmo
amantes que manobravam o mouro
o capoeirista negão casado com a alemã picada de pernilongo
há motivos de sobra que atrapalham a dança
no parracho o mesmo vulto
nunca mais volto
fantoche de seu próprio vício
sombra em meu sol porra nenhuma
no desaforo do pacto repito o escombro
traço o devaneio de cores que se multiplicam




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