quarta-feira, 24 de setembro de 2014

eremita na cartografia destrambelhada do corpo

menestrel de todo cataclisma - que o musgo desse mundo se foda
serviços sexuais passo no débito e no crédito - depende da troca
energia de volúpia - pedagoga que não tem criatividade
lembra dois lá no beco - confisco das primeiras garatujas - esse transe
se fosse negona - amarrava uns lenço - deixava black - raspava
botava uns brincão de chapinha nunca e cuspia na cara das feminista de merda
só depois gente quebra o tabuleiro - vê de qualé na sinuca
e tu me fala que já anda escolhendo a trilha sonora que vai tocar em seu funeral
aí digo que a frígida da lispector foi enterrada com a porra dum relógio no braço
achando que depois de morta iria sentir a vida
onde toda burguesia excêntrica pernoita
me mando lá pro cu do mundo - cheio de renúncia
de colar no peito - anel cigano - estrangeiro de mim sem frescura
tenho o olho cansado - antepassado antigo - ancestral no cuspe de todo terreiro
o papo é reto - a sintonia de todo amor deveria sacramentar o engano
desordem absoluta - sem essa de retratar a pele
a traição vem de meu lado inconformista - um quase protesto
ir pras ladeira suja de sangue lá de vila rica
ficar bêbado e voltar fudido pra essa bh de meninada besta
ou então bater a cuca num poste e perder a sobriedade de vez
solidão profunda - ciumenta de mim - no livro da culpa - a dor é um fetiche
raiva sisuda do transeunte no trânsito - nunca vou me relacionar bem com esse adjetivo
o escritorzinho teve que escrever mais de oitenta página pra aproveitar dois verso
é a contemporaneidade na balela do romance
mas eu falo desconhecido pelo espanto
na estranheza do lado cru nada ingênuo do vagabundo
idéia neutra - esperança - é coisa de gente fraca
sem vivência - sem violência
cambada
ter método para o desejo não funciona -
o que sobra é a sombra desse universo imaginário -
no portal do medo desgovernado - anseio mais inferno nesse paraíso
pois o lado vertiginoso das sensações me é precioso
só me interesso pelos ganhos e perdas interiores
o resto é asneira - conversa de boi sonâmbulo
mesmo assim o amigo grita - viva a anarquia monárquica
já o outro diz que a natureza das coisas são apresentadas pra que fiquemos cegos
por que toda liberdade é falsa - e o que nos cerca - seqüela sem proeza -
fictício passeio - recobro a inconsciência das palavras -
sua música - o poder em alterar vida alheia
estar ao alcance de todos - de tudo - sendo tão nada no tempo -
não perpetuo essa farsa
nômade - eremita na cartografia destrambelhada do corpo
meio a tanta incerteza - tenho certeza de que a morte é um presente
recolhimento eterno - reflexo do espelho que embaça
sendo a prática quotidiana das relações uma doença
chaga - capitalismo - capetão místico - faltou mistério
os bacaninha fazem até cinema no cemitério
é projeto demais pra tanta dor que não sara - olha a rima
descarta - classifica - na rotatividade do circo - vou a jato e utópico

Nenhum comentário:

Postar um comentário