sonhei de pirapora que minhas palavras reluziam
mais que sol e pipa de moleque no descampado da fome
pela ignorância
amante de outra pele
no tribunal do zé-povinho recalcada e ressentido se masturbam sem tesão a séculos
feito papel higiênico dentro da gaveta fedendo a mofo se achando parte da história
os idiotas vivem rotina
arroz com feijão
o papai e mamãe
jesuzinho desse credo
vou sempre cuspir na cara dos otimistas
fragmentar o tempo com bastante ciúme de minha energia
pois continuo comparsa de toda bigamia
árabe das musas que fazem musica
anarquia - arruaça
nos haréns misteriosos do crânio
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