quarta-feira, 24 de setembro de 2014

nos haréns misteriosos do crânio

intangível como as mulheres dessa vigilância

sonhei de pirapora que minhas palavras reluziam
mais que sol e pipa de moleque no descampado da fome

pela ignorância
amante de outra pele

no tribunal do zé-povinho recalcada e ressentido se masturbam sem tesão a séculos

feito papel higiênico dentro da gaveta fedendo a mofo se achando parte da história

os idiotas vivem rotina

arroz com feijão

o papai e mamãe
jesuzinho desse credo

vou sempre cuspir na cara dos otimistas

fragmentar o tempo com bastante ciúme de minha energia

pois continuo comparsa de toda bigamia

árabe das musas que fazem musica

anarquia - arruaça
nos haréns misteriosos do crânio

Nenhum comentário:

Postar um comentário