sexta-feira, 19 de setembro de 2014

singular sinfonia no desejo da fauna

cidade eterna vigília

vielas dormem outras se espalham

não coisifico nada

invisível demais

transformo esta sede em coice

corpo pelo qual

desarranjo palavras

algas marinhas e silêncio

me confundo

me perco

em seus olhos marejados

bailarina

janela transmissora eloquente de miragens

o lado hormonal da noite grita

singular sinfonia

no desejo da fauna

reclama o corpo

a cada segundo

nos vestígios da falta

um só devaneio que se multiplica dando voz ao parto

colorindo o asfalto nas entranhas da carne rarefeita de vaga-lumes incestuosos

Nenhum comentário:

Postar um comentário