terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

a poesia não pode dormir em paz

a poesia não pode dormir em paz
quem dorme com falsa paz é gente que mora em condominio fechado
a poesia precisa mesmo é de espanto
caminhar de braços abertos pela rua sem medo de levar um tiro
e continuar morando na favela
só assim sobrevive em instinto aquilo que nasce pela vontade
a poesia quando dorme tem pesadelo e acorda sacando que é viva
quando cochila depois do almoço a poesia senti medo de ficar sedentária obesa
mas nunca foi neurótica pelas academias
a poesia nem precisa ser batizada de linguagem
poesia é quando a gente vê rã nadando de barriga no charco
quando se faz de silêncio trapos de palavra
poesia gosta mesmo é de guerra de metafóras com sede de obstáculo
sacraliza a imaginação com murmúrios duma fraqueza que virou força
a poesia tem no invisível seu reino
nunca precisou de súditos
tampouco de coroas hereditárias
superior na inferioridade efêmera das coisas tudo transforma
a poesia nunca vai dormir em paz
paz é pus cicatriz que não resolve
porra!!!

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