quarto-finlândia
me senti fútil com alma plastificada dentro do motel
minha dor já não obedecia o glamour das horas
as paredes debochavam de meu silêncio entregando sua grandeza
deusa noar com seus penduricalhos de bronze
instrumento de gozo - ode sem palavra
noite em que parcelava o nojo
as deidades do olho desapareciam
a ilusão da luz - outra sensação nociva
vanguarda esquizofrênica deste espectro nao produziu força
dividimos o medo e o mesmo chocolate
até ali as oferendas inúteis aprissionando a vida se acassalavam
depois as calamidades do alheio broxam
egoísmo latejante das asas
dentro daquela gaiola abria o bico - no áquario roncava
até poderia alimentar os mangues
intoxicar ainda mais esta rapsódia
existir sem os termômetros do corpo
porém fechar as persianas autómaticas da mente
e eternizar a fuga não se imagina - vai gina
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