foi um clarão que até ficaram cegos
uma luz explosiva que apelidaram aquilo de fotografia
a voz dos olhos de quem não via
imagem atiçou cegueira
a fúria dos corcéis e da história
até que novas cores se apresentaram
lomografia da noite que se repete
atiçando ainda mais o corpo
o nome dela é rosa
esta sombra que paira pela superfície
e ninguém mais reclama
câmera escura profanando os oratórios da alma
alegoria dos que perderam o tutano da existência
não se compara desenho com os artifícios da máquina
a densidade de qualquer garatuja é eterna
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