segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

comedores de risoto vão a merda

e o carnaval - na quarta - reza - na quinta - aborta
uma lembrança - o primeiro dente de leite da filha caiu
o bebedor de cerveja é um porre - os casais infelizes se acomodaram naquilo
vi o tal do ohno dançar uma vez e fiquei com asco de todo experimento
as tatuagens de um ladrão já foram seu passaporte seu status
hoje é motivo de moda entre as barbes de tread - os filhinhos de papai sem causa
igual cachorro vira-lata mendigando osso na porta de boteco
gente solidária me dá nojo - sou bem mais avaro que um oceano
quero ver é nego dividir conta bancária - abraçar mulher banguela sem fazer gracinha
comedores de risoto vão a merda - tudo bem me deixa ficar mais sensível
dar um beijo na cara do poste - sonhar com a última borboleta flutuante
sou assim mesmo - odeio o tal do chico buarque de holanda e holandesas
mas adoro o chico que saiu da periferia do mangue pra virar o caranguejo da nação
não desbaratina meu surto - o laboratório da razão não pode sugar meu ócio nem esse fluxo
então mando a porra do drummond procurar a pedra e fico com josé maria casasanta que ele tirava
poeta funcionário público é tudo metido a sabichão - nem me fale do bandeira deu bandeira
meu nome - no coração do pajé - uma imagem
bisgodofú del nombre hamas - anseio ficar adolescente por toda vida
tenho medo de ficar maduro - podre
dorian gray é dandi por demais - gosto mesmo é de coisa primitiva
rimbaud até me interessa mas também me cansa
o manel é bão - mas ficou cu de cult de academia
já sei vou dar um basta neste texto - colocar a menina dos olhos pra trepar na janela segura aí    

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