pareço um cigano que perdeu a porra do dente de ouro na ladeira
aquilo que goza com buracos de imagem
e por falar em gozo
a colombiana trepadeira desapareceu
balangandãs da palavra já não iludem
as cores de ontem fornicavam em minha cuca
periguetes mirins perderam seu lado lúdico
o paulistano continua preocupado em dar pau em tudo
cultura tem que ter gosto de fome
passado pouco importa
procuro a nostalgia de outra presença
os que sabem degustar delírio
chega estou falando com os cotovelos grudados na parede
o que te faz grande faz meu ego cuspir em outro ego
engula desgraça seu paraíso e não me encha o saco
escuta aqui se minha mãe fosse puta teria orgulho
seu filha da mãe idiota
crime é existir no tempo no castigo do meio
dá a bunda pro mercado me diz adianta
toda hora chega mais um que se masturba no face
merdra
meu teatro alquímico nunca formatou espanto
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