domingo, 7 de abril de 2013

explorador das cores sem resposta


porquê -  perguntei primeiro - isso não me interessa
tampouco saber que o ovo foi lido num congresso de bruxaria em bogotá
espelho só ficou embaçado na hora do banho
maria prossegue com suas trivialidades adorando o poema
a bicha moderna com seu ativismo duvidoso também enche o saco
continuo exaltando o desperdício escrevendo as agruras em fome de palavra
no freme lunático sobrecarrega o canto - disse que iria - não fui
tenho lá minhas discrepâncias - até joguei papel fora - abraço nunca amenizou nada
trago em mim orgulho de calabouço - no garimpo da memória - sou o mesmo fantasma
adiante vou te escutar sem ouvidos - dar um basta nos comodistas que me espreitam
carranca ficou suja de sangue por causa da bebedeira
no aconchego da forma - musgo de voz avacalha
anseio explorar as cores sem nenhuma resposta
bate-boca é fraco mas eu nunca adulo os frangos
tu me disse que há mais de vinte anos usa a mesma cantada - fiquei sorrindo
minha tristeza enxergava alto - falamos do eterno debaixo do viaduto
do sentimento patológico das formigas - do cara de avestruz indo embora - só faltou desenho
as barbas do oráculo odeiam esmola - represento nada - sou este ritmo sisudo que logo berra
cataclismas da beleza pra todo lado - o amanhã é de andanças mágicas  
a tragédia do quotidiano no coração vazio das mesas só soube freqüentar boteco
ó fragilidade da força que não obra
vesti o manto da incoerência - na felicidade dos talheres - fabriquei a bomba
pra começar a pensar em tratamento - o perfume da porta - no descompasso da rima - reluz
besta é toda lógica - a moral dos mudos - o murmúrio sem tesão do corpo e cada objeto utilitário  
como celebrar as cinzas no meio do trânsito - muito prazer não se preocupe com meu bigode
imagem imperfeita e presságio        

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