meu sexo nunca vai ser
cúmplice de uma só cabeça
sem as cercanias da virtude -
fósforo molhado seca depois pega fogo
fabriquei minha verdade -
inventei tudo
pinto mãe que não existe -
pai árabe de mapa astral - uma sagrada mentira
sou bolado com as coisas que
amo - dou a letra que finge seu próprio veneno
fica enfermo o mangue quando
aquele um chega e faz fumaça - a mulher da buça só fuça
chega em aquarela de noite - semente
de laranja in quarto de lua
candango diz que os reais
arquitetos foram os que enfiaram o coração na porra
boston - minha bicicleta nem
ficou preocupada - de herança mineira só tenho pé de santo
realidade chula -
precariedade de outra novela - o terrorista tupiniquim gozou no vento
beleza inconformada - os
mentecaptos de sangue são bem mais vingativos que justos
soube que se mostravam - de
boca cheia - raiz d’umbú - na fraternidade fictícia do espelho
druida em mim
não tem kardec - guardo meu esperma pra outras pernas
a epidemia de qualquer
engajamento é uma droga
prossegue a história -
firmamento ébrio
numa noite de domingo - todo
torto caminhava - invocou chuva pro chão vermelho
cromoterapia das proezas que
se foram - viu com todos os olhos - descartou lembrança
com girinos de lagoa até
ficou de cara - provocaria as pérolas do corpo
na desordem da orquestra - silábico
silêncio - falo de sonhos que me devoram
a passagem custa caro - a
incessante goteira vem da bóia
na idolatria dos ovos -
acasos derrapam - português de vida nunca trouxe trajetória
dou firma - dialeto banto - jáiacãyanda
- certa nóia - nem me quer sertão
sentinela é o tempo - trapo
de cabeça - turbulência
estou a margem de toda
rodovia
quinta-feira, 18 de abril de 2013
ResponderExcluirDE VOLTA AS AGULHAS UM POUCO DE COR NÃO FICA MAL VAMOS TRANÇAR NOSSAS TRELIÇAS POR TRAS DA TELA SEMPRE DEIXAMOS DADOS PARA O ARQUIVO PAPEIS GRAMPEADOS PODE SER TECIDO UM POUCO DE METE OU LATE AQUELA PEQUENA GOTA DE SANGUE MISTURADA COM SOL ALGO DE CÉU DE FLOR DE MATA DE BRANCO DO PAPEL A