inaugura - de repente - fica
como enfeite - adorno nos dias de hoje
é
wisk de baranga
a
sereia sem rabo que no meio
do sonho me arrocha
por desejo ou por desastre -
neste mesmo local - a pele se arrepia - grita
enquanto chupo a língua de
outras iguanas - no peito nômade de cada palavra
retalhos do come-e-vaza - a
criatura falou em desespero - a priori um novo lixo romântico
quando a menstruação chega - o
cavalo anda - se o que sei é masturbar outras éguas
frente ao sol só posso cutucar
a ferida
alçar vôo
sem o blá-blá-blá hedonista
de que cultuo a dor da risada - gosto de ver a coisa por baixo
que tenha um reboliço insano –
é o grosso da cratera - cansaço sequer esperou resposta
reservas e planos - joguei
tudo no mar turbulento da vida – trajetória desconstruo
esquece
maquinista - boto fogo na
fornalha
a
navalha é cega
sentimento é sádico
interpreta ao pé da letra que
vais encontrar
a
lepra
carro roubado indo direto pro
desmanche - moleque fez grilo de palha
o músico metalúrgico com seu
jazz etílico chora
outra vez ouvi a morte da con-versa
- duas horas de ônibus
só
enxergando o cascalho
experimental das pernas - novinha provocou a lesma
viajei em nervos de vallejo -
nem vou engordar uns quilos com lezama
o que me falam estes
fantasmas - na vanguarda das gravatas de lorca - aproveito
dandis nem vasculham a fome
do verso - travesti na faixa de gaza sempre tem mais corpo
é girondo - jagunço dos
pampas
a
esquizofrenia do ego - tomou
um banho
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