domingo, 21 de abril de 2013

no peito nômade de cada palavra

inaugura - de repente - fica como enfeite - adorno nos dias de hoje  
é
wisk de baranga
a
sereia sem rabo que no meio do sonho me arrocha
por desejo ou por desastre - neste mesmo local - a pele se arrepia - grita 
enquanto chupo a língua de outras iguanas - no peito nômade de cada palavra
retalhos do come-e-vaza - a criatura falou em desespero - a priori um novo lixo romântico
quando a menstruação chega - o cavalo anda - se o que sei é masturbar outras éguas  
frente ao sol só posso cutucar a ferida
alçar vôo  
sem o blá-blá-blá hedonista de que cultuo a dor da risada - gosto de ver a coisa por baixo
que tenha um reboliço insano – é o grosso da cratera - cansaço sequer esperou resposta
reservas e planos - joguei tudo no mar turbulento da vida – trajetória desconstruo  
esquece
maquinista - boto fogo na fornalha
a
navalha é cega
sentimento é sádico
interpreta ao pé da letra que vais encontrar
a
lepra
carro roubado indo direto pro desmanche - moleque fez grilo de palha
o músico metalúrgico com seu jazz etílico chora
outra vez ouvi a morte da con-versa - duas horas de ônibus  
enxergando o cascalho experimental das pernas - novinha provocou a lesma
viajei em nervos de vallejo - nem vou engordar uns quilos com lezama
o que me falam estes fantasmas - na vanguarda das gravatas de lorca - aproveito
dandis nem vasculham a fome do verso - travesti na faixa de gaza sempre tem mais corpo  
é girondo - jagunço dos pampas
a
esquizofrenia do ego - tomou um banho    

Nenhum comentário:

Postar um comentário