sábado, 30 de março de 2013

vagabunda de mestrado conta até o troco

a tal diz que odeia palavrões
logo disparo: palavrão sempre foi patrimônio da língua
criança gosta de tudo aquilo que se esconde   
sacou toupeira que estou falando de educação sem maquiagem
nunca de seus graozinhos emagrecedores da moda
tu fica aí de sorriso amarelo como um filhote de academia
enquanto meu corpo continua num corre frenético   
olha só - seu aluno vai ser phd em putaria - freqüentador de zona - pai de família  
três da tarde o cara  fala porra na televisão e tu dá risada  
pastor feliciano propaga maldição por atacado na tranqüila  
sem pensar no esculacho primoroso do funk que passa o tempo todo
agora vem com falácia de respeito - um caralho
quer mais
não tem essa coiseira libertária de ensino merda nenhuma
bonito foi sempre o aprendizado da ignorância
esse seu lado função professora é broxa  
aqui no brasil - o barato hoje é escola com cara de cadeia
diretora sexista de minissaia - piá fumando maconha na cantina
coisa de mestre - sei me entregar as sombras
sem fazer cara de cu - sua moralista duma figa  
trabalhei lá naquele seu esquema de oficina
moleque desenhava no papel irmão levando tiro na frente da mãe  
sem o falso paraíso dos que ordenham miséria
você não agüentou o tranco    
aqui os universiotários só pensam em cevada
tem até os diplomados em coma alcoólico na república do capeta
depois tu bate no peito em mesa de boteco dizendo que ama o que faz
recebe o salário da passividade se achando política
sábado vai pro motel e no domingo prepara aula  
improvisa na trepada
mas só sabe bater punheta em cima da cartilha
trouxe a palmatória - a mesma chamada do século dezoito   
o livro mentiroso de história do mec
pagou a mensalidade da creche sua cretina
responde
preocupada com a bolsa
vagabunda de mestrado conta até o troco  

Nenhum comentário:

Postar um comentário